Na Arménia, Papa visitará memorial dedicado às vítimas do ‘Metz Yeghern’
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 22/06/2016, Gaudium Press) – O Papa Francisco parte em visita para a Armênia no próximo dia 24. Esta será a sua 14ª viagem internacional, com passagens, até ao momento, por 21 países.
Ponto importante desta Visita Pastoral será a ida do Papa, já no próximo sábado, ao memorial dedicado às vítimas do ‘Metz Yeghern’, o genocídio arménio, em Erevan, capital da Arménia.
A passagem pelo memorial de Tsitsernakaberd, construído em 1967, é um dos pontos centrais da visita do Pontífice, que já em abril de 2015 tinha celebrado uma Missa pelo centenário do ‘martírio’ arménio.
O Papa vai levar e depositar no memorial de Tsitsernakaberd uma coroa de flores e em seguida encontrar-se com crianças, que vão apresentar memórias do que aconteceu há 100 anos, antes de uma oração.
O que foi a perseguição
O Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse em uma conferência de imprensa que a visita evoca a “grande tragédia do povo arménio”.
Entre os anos de 1915 e 1916 centenas de milhares de armênios e outras minorias cristãs foram perseguidas pelo Império Otomano, mas a Turquia recusa as acusações de “genocídio” e não admite o número de vítimas que tem sido relatado.
O padre Lombardi afirmou aos jornalistas que o Vaticano não quer promover uma discussão histórica ou política entre a Armênio e a Turquia. “Há um massacre injusto de pessoas, que nós reconhecemos como mártires”, sublinhou.
Na conferência de imprensa foi explicado que a expressão ‘Metz Yeghern’ é “ainda mais forte” do que a palavra “genocídio”. Em arménio, a palavra significa uma “grande carnificina” que visa eliminar toda a presença de um povo.
Depois de sua visita ao monumento, Francisco saúda depois uma dezena de descendentes de “arménios perseguidos” que foram acolhidos em Roma pelo Papa Bento XV, “um dos poucos que deram apoio explícito ao povo arménio” na época, lembrou o porta-voz do Vaticano.
O número de católicos romanos na Arménia é de 280 mil almas, 9,6% da população. (JSG)
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