Catedral do Rio acolhe peregrinação de pessoas com deficiência
Rio de Janeiro (Segunda-feira, 20-06-2016, Gaudium Press) A Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro acolheu neste último dia 11 de junho a Peregrinação da Pastoral da Pessoa com Deficiência (Pasped) à Porta Santa. Na ocasião, o Rito de Entrada foi conduzido pelo Monsenhor Joel Portella Amado, e a celebração foi presidida pelo Cardeal Orani João Tempesta.
O coordenador arquidiocesano da Pastoral da Pessoa com Deficiência, Cesar Bacchim, destacou que a peregrinação foi celebrada de maneira familiar, uma vez que, em sua opinião, a Catedral Metropolitana recebeu todos os fiéis com carinho de mãe.
“Todos os movimentos e pastorais que trabalham com as pessoas cegas, surdas, cadeirantes, muletantes e com alguma deficiência intelectual participaram cantando, rezando e louvando a Cristo por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do braile, de sons que Deus compreende ou no silencioso coração. Foi uma celebração muito familiar; o respeito e o carinho foram sinais evidentes. A Catedral, que representa o coração central de nossa Igreja, nos acolheu com carinho de mãe, bem como todos os que ajudaram e apoiaram o nosso Jubileu”, disse Cesar.
Para a Irmã Maria das Graças Rodrigues, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Glória, do Sodalício da Sacra Família, na Igreja, sempre há lugar para todos os filhos de Deus, uma vez que “a Igreja acolhe como mãe e nela há espaço para todos. A pessoa com deficiência visual se inclui em qualquer espaço, principalmente na Igreja, onde sentimos tal acolhimento com uma grande fraternidade”.
A Pasped, atuante no Rio há 62 anos, levou à Catedral o coral Sacra Família, que é composto por 11 mulheres, sendo que cinco irmãs oferecem apoio em diferentes setores. Uma delas é a irmã Maria das Neves. Segundo ela, o encontro que congregou tantos homens e mulheres deficientes foi um milagre.
“Foi um milagre de Deus ver a Catedral reunir tantos deficientes. Isso é graça do céu. Neste Ano da Misericórdia, vivemos procurando fazer o melhor, amando mais, assim como Deus nos pede”, afirmou.
Por sua vez, Margareth Lessa, membro da Pastoral dos Surdos da Basílica Imaculado Coração de Maria, no Méier, lembrou que “a celebração abre portas para todos nós”, pois “a questão da acessibilidade fica ainda mais forte, demonstrada pela Igreja Católica, numa celebração em que todos participam juntos”.
“A alegria de estar aqui, de viver a nossa Fé, mesmo com todas as diferenças e limitações; elas vão se anulando e conseguimos sobrepor a todas elas; isso é muito importante. Que se repitam mais eventos como esse que aconteceu na Casa Mãe”, completou.
Ao longo da cerimônia, a Primeira Leitura foi lida por um deficiente visual através do sistema de leituras com o tato para cegos, o braile. Em seguida, o cadeirante e membro da Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência, Eraldo Gomes de Arruda Cavalcanti, leu uma mensagem em nome da pastoral. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese do Rio de Janeiro
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