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Santo Padre: a oração é o verdadeiro medicamento para o sofrimento

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 06/05/2016, Gaudium Press) – No final da tarde da quinta-feira, 05/05, o Santo Padre presidiu na Basílica de São Pedro uma “Vigília de Oração para enxugar as lágrimas de quem sofre no corpo e na alma”.

Os fiéis ali presentes ouviram o Santo Padre afirmar que a oração é o verdadeiro medicamento para o sofrimento.

“Não estamos sós” na dor porque Jesus “sabe o que significa chorar pela perda de uma pessoa amada”- disse Francisco, lembrando o trecho do Santo Evangelho quando São João narra o episódio em que Jesus comove-se ao ver Maria chorar a morte de seu irmão Lázaro.

Essas lágrimas de Jesus “desconcertaram tantos teólogos…”, comentou o Papa, mas “lavaram tantas almas”…

“O pranto de Jesus é o antídoto contra a indiferença pelo sofrimento dos meus irmãos. Aquele choro ensina a fazer minha a dor dos outros, a tornar-me participante do desconforto e do sofrimento de quantos vivem nas situações mais dolorosas.

Toca-me para me fazer entender a tristeza e o desespero de quantos viram subtraírem o corpo dos seus caros e não têm sequer um lugar onde poder encontrar consolação. O choro de Jesus não pode permanecer sem resposta da parte de quem crê n’Ele”, disse Francisco.

Muitas são as lágrimas vertidas “a cada instante no mundo” provocadas pela maldade humana:

“Lágrimas de avós, de mães, de pais, de crianças”, lembrou o Papa, considerando serem as razões do coração as únicas a fazerem luz no íntimo de cada um:

“A razão sozinha não é capaz de fazer luz no íntimo, de colher a dor que sentimos e fornecer a resposta que esperamos. Nestes momentos, temos mais necessidade das razões do coração, as únicas em grau de fazer-nos compreender o mistério que circunda a nossa solidão.”

Testemunhos

Durante a vigília foram dados testemunhos. Eles foram ouvidos na Basílica Vaticana expressando lembranças de dores, aflições, desprezos, lagrimas. Como o de testemunho Felix Qaiser, jornalista católico paquistanês refugiado em Itália ou a história de Maurizio Fratamico que reencontrou o sentido da vida na comunidade “Novos Horizontes”.

Todos eram testemunhos dolorosos, mas ricos de esperança como o da família Pellegrino, ao narrar o drama do suicídio de um filho. Nas palavras da mãe, o amor de Deus enxugou lhes as lágrimas.

Ela testemunhou a situação em que, partindo da sua própria história, da sua dor, metem-se em caminho a cada dia para que a Ressureição de Cristo pudesse tornar-se uma experiência concreta também na devastadora experiência da perda do bem humanamente maior, o próprio filho. “

Agnus Dei

No final da Vigília, o Papa deu a todos a sua bênção e distribuiu simbolicamente para alguns um “Agnus Dei”.

O Agnus Dei, Cordeiro de Deus, é um antigo objeto de devoção que remonta ao século IV, normalmente distribuído entre os fiéis, mas sobretudo nos anos jubilares.

Nossa Senhora das Lágrimas

Para a veneração dos presentes, foi exposto um Relicário de Nossa Senhora das Lágrimas de Siracusa.

A intenção era para que os fiéis pedissem o consolo a Nossa Senhora das Lágrimas e que Maria seja o refúgio e proteção no mês dedicado à Virgem Maria. (JSG)

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