Nossa Senhora dos Milagres atrai multidões em Goa, Índia
Goa – Índia (Terça-feira, 26-04-2016, Gaudium Press) Uma “devoção mariana única”, segundo as palavras do Padre Mario Saturnino Dias, é a que se registra em Panjim, estado de Goa, na Índia. Neste lugar a Santíssima Virgem atrai a crentes e não crentes, que acodem massivamente à festa patronal e realizam uma curiosa manifestação de sua devoção: ungir a imagem da Santíssima Virgem com azeite de coco.
A festividade mariana é preparada com novenas, catequeses, confissões, adoração ao Santíssimo Sacramento e Missas. Segundo afirmou o Padre Dias a CNA, a Santíssima Virgem, “convida as pessoas a uma mudança de coração” e a ser “autênticas testemunhas da nova evangelização no compartilhar nossa Fé”, especialmente em um contexto de convivência com os membros de outras religiões. Inclusive os não católicos tem “uma forte convicção da presença de Deus” no Santuário e “manifestam seu amor e veneram a Santíssima Mãe”.
As manifestações de piedade são fortalecidas pela gratidão por numerosos relatos de curas, nascimentos de crianças largamente esperados e outras orações respondidas. Os devotos caminham sob o forte sol largas distâncias para visitar o Santuário e levar a cabo um gesto particular: ungir a imagem da Santíssima Virgem com azeite de coco.
Segundo o Padre Dias, este costume é a maneira mais humilde de expressar a gratidão na cultura local, interpretada como uma unção que simboliza hospitalidade, honra e gratidão. Para realizá-la, os devotos fazem uma fileira e acompanham este gesto com oferendas florais e velas acesas. Este gesto pode ser difícil de compreender para os estrangeiros mas têm um profundo significado. “A gente se converteu ao cristianismo na era colonial portuguesa. Entretanto podem carregar algumas influências tradicionais nas quais algumas devoções populares necessitam purificação”, indicou o sacerdote. “Mas necessitamos estudar, educar e catequizar as pessoas antes de introduzir mudanças, porque as devoções populares sustentam a religiosidade de nossa gente e as conduz até a Eucaristia”. (GPE/EPC)
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