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Retiro dos Bispos encerra-se com palavras do Cardeal Ravasi

Aparecida – São Paulo (Segunda-feira, 11-04-2016, Gaudium Press) A cidade de Aparecida acolheu o retiro dos bispos, ocorrido nos dias 9 e 10 de abril, em sintonia com a 54ª Assembleia Geral da CNBB.

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Na manhã deste domingo, o cardeal Raymundo Damasceno Assis presidiu a missa de encerramento do evento, e concelebrada pelo presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, e pelos cardeais brasileiros Cláudio Hummes, Odilo Scherer e Orani Tempesta.

Na ocasião, o cardeal Ravasi, pregador do retiro, proferiu a homilia de domingo, na qual ele falou sobre dois itinerários de reflexão retirados do Evangelho de João, sendo a primeira cena referente à aparição de Jesus junto ao lago.

“É no meio dos santos de cada dia, que Cristo se revela. Também no cansaço e entre desilusões”, disse o purpurado ao recordar que naquela ocasião os discípulos de Jesus não tinham pescado nada.

“O mesmo Jesus é retratado no ato simples e cotidiano de cozinhar o peixe nas praças para preparar, assim, a mesa modesta como aquela que se prepara hoje em tantas casas dessa cidade. A revelação acontece aqui nas estradas da vossa cidade, das aldeias, nas casas onde a mordaça da crise econômica aperta a respiração das famílias, onde ao riso seguem tantas vezes as lágrimas, onde ao amor sucede o gelo da traição, onde domina a incompreensão entre pais e filhos, onde às esperanças sucedem as desilusões tal como aconteceu aos discípulos ao regressar do trabalho de pescadores de peixes”, comparou.

Em seguida, descreveu o segundo itinerário, que trata do reconhecimento. “Escutar a sua voz e reconhecê-lo. Os sete discípulos não identificaram aquele visitante na praia”, disse, relacionando à aparição de Jesus. “Para poder reconhecer Cristo estamos todos no mesmo plano. Não basta ter ceado com Ele, tê-lo escutado e visto fisicamente durante sua vida terrena. É necessário outro olhar, outro canal de conhecimento: o do amor”.

Dom Ravasi acredita que para reconhecer Cristo é preciso” ter um olhar, que não é da visão material, mas o do abrir os olhos da alma”.

“O rosto da pessoa amada, que aos olhos dos outros parece comum, aos olhos do enamorado se transfigura e revela segredos invisíveis a quem não tem esta capacidade profunda da intuição gerada no amor”, afirmou.

Ainda conforme o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, “Fé e amor são guia do nosso reconhecer hoje, aqui no santuário mariano, e nos sinais do Pão e do Vinho, a presença de Cristo que nos fala e nos alimenta para regressar depois como suas testemunhas na vida cotidiana que nos espera”. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações CNBB

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