A história da escola franciscana de Novosibirsk, a única católica da Rússia
Sibéria – Rússia (Quinta-feira, 24-03-2016, Gaudium Press) Pode ser surpresa para muitos católicos, familiarizados com os sistemas de educação da Igreja e o prestígio que os centros educativos católicos têm inclusive em países não crentes, o conhecer que somente existe uma escola católica na Rússia. Trata-se da escola de Novosibirsk, Sibéria, criada por sacerdotes franciscanos e cuja história relatou o informativo Religión en Libertad.
O centro educativo foi aberto cinco anos depois da queda do Muro de Berlim e se inspira em uma tradição missionária dos sacerdotes franciscanos. “Ao lado do templo sempre haverá uma escola”, explicou Frei Corrado Trabucchi, responsável pela instituição. “Não uma escola dominical, mas uma de ensinamento geral com todas as matérias onde as crianças estudam idiomas, matemática, história, todas as disciplinas escolares”. Este costume se originou nas precárias condições das zonas de missão nas quais o acesso ao ensino é uma necessária obra de misericórdia.
Apesar de não existir um problema de acesso às escolas, foi colocado em marcha o projeto para atender aos filhos dos católicos da região, em particular os procedentes da Alemanha. “Naqueles anos 90 já havia muitos paroquianos, ainda era bastante numerosa a comunidade dos alemães católicos da Rússia”, relatou o missionário. “E se apresentou a oportunidade de organizar uma autêntica escola católica para seus filhos e netos”.
Inicialmente só existia uma classe em um departamento privado e o projeto foi crescendo paulatinamente. Aos salões da classe se somou uma estância adaptada à função de capela e desde o início as crianças contaram com espaços de oração comunitária. “Hoje as crianças podem entrar por sua conta para acender uma vela em alguma intenção. Tem uma boa possibilidade de orar, rezar um pai nosso, ou pedir por algum ser querido falecido”, comentou Frei Corrado. “Isso significa que desde o princípio iam sentir a oração. Teriam a oportunidade de conhecer a vida cristã e estudar as Sagradas Escrituras”.
“Quando vem as crianças aos poucos não sabem quem é Jesus Cristo”, comentou o sacerdote. “Sempre faço um pequeno experimento: Em nossa aula para a catequese há um crucifixo. E eu lhes pergunto aos mais novos: ‘Quem é Ele?’ Não sabem. É compreensível, como podem saber! Mas depois, pouco a pouco, já sabem bastante para explicar aos demais com tranquilidade”.
A escola funciona com uma licença especial, que lhes permite expedir um diploma válido diante das autoridades, a qual se renovava a cada cinco anos. Na última ocasião receberam uma renovação por 12 anos. “Podemos dizer que ganhamos nosso lugar entre outras entidades docentes. E vemos que nossa escola católica tem certa popularidade”, expressou com satisfação o sacerdote. (GPE/EPC)
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