Bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) comenta detalhes sobre a Semana Santa
Livramento de Nossa Senhora – Bahia (Quinta-feira, 24-03-2016, Gaudium Press) A Semana Santa na Igreja Católica teve início neste domingo, 20 de março. Nesta ocasião, os fiéis de todo o mundo recordam a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A respeito deste assunto, o Bispo da Diocese baiana de Livramento de Nossa Senhora e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, Dom Armando Bucciol, afirmou que “a Semana Santa é o momento mais forte do ano litúrgico”, pois a “presença amorosa, a misericórdia de Deus para com a humanidade que se concretizou, se manifestou na paixão e morte e ressurreição do Senhor”.
De acordo com Dom Armando, a misericórdia nos lembra “a compaixão do Senhor para com a humanidade inteira” e encontra nesses dias “o seu momento mais importante, mais belo”.
O prelado aconselha os fiéis que vivam, com “sentimentos de sincera conversão para com a bondade do Senhor que amou até o ponto mais alto”, as celebrações propostas pela Igreja nesses dias, mais precisamente o Tríduo Pascal, nesta Quinta-feira Santa, 24.
Além disso, Dom Armando explica que o Tríduo Pascal envolve três momentos em uma única celebração:
Quinta-feira Santa
“Começamos com a celebração da Ceia Pascal, na quinta-feira à noite, em que nós fazemos memória da grande ceia da despedida, que começa, segundo o evangelista João, com o gesto do lava-pés. Cristo manifesta sua disponibilidade a amar até o fim, ele se considera o servo da humanidade”.
Sexta-feira da Paixão
“Depois da Ceia Pascal, com a celebração da Eucaristia, memória viva do maior mistério do amor de Deus, do sacrifício de Cristo até as últimas consequências, eis que, na sexta-feira, nós celebramos este rito sóbrio de uma intensíssima espiritualidade da morte do Senhor. Naquele dia, a Igreja não tem a celebração da eucaristia, mas convida seus fiéis a olhar, a contemplar o crucificado, Cristo que morre na Cruz. Ele nos amou até doar a última gota do seu sangue”.
Sábado Santo
“Depois do silêncio do Sábado Santo, em que a Igreja medita e reflete Cristo morto, eis que chegamos à noite da Vigília Pascal, em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, a morte foi vencida e a Igreja vibra e renova a sua fé, a sua esperança numa plenitude vivida de realização que Cristo já semeou, plantou na terra e que nos fins dos tempos se realizará plenamente. A Vigília Pascal conclui o tríduo”.
“É interessante observar que o sinal da Cruz se faz começando a Eucaristia na quinta-feira e repetimos com bênção final na celebração da Vigília Pascal e, através desse simbolismo litúrgico expressamos essa unidade dos três momentos celebrativos que caracterizam esse tríduo sacro”.
Ainda segundo o bispo de Livramento de Nossa Senhora, “a liturgia nos coloca ao lado da vida, ao lado de Cristo que nos amou, que amou a vida e que não procurou a morte. A encontrou por fidelidade a uma vida plena, uma vida verdadeira. Então, na liturgia, de tantas maneiras, entra essa dimensão vida, casa comum, responsabilidade”. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações CNBB
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