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Ao citar Santa Monica e Santo Agostinho, Bento XVI pede que se ore pelas famílias cristãs

Castel Gandolfo (Segunda, 31-08-2009, Gaudium Press) Neste domingo, em mais um Ângelus de fim de verão e de suas férias estivas em Castel Gandolfo, o Papa Bento XVI pediu aos fiéis em discurso anterior à recitação à oração mariana que orem para que “as famílias cristãs se tornem pequenas igrejas, nas quais todas as vocações e todos os carismas, doados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados”.

O pedido do Papa vem motivado pelas solenidades dos dias 27 e 28 de agosto, quinta e sexta passadas, quando a Igreja Católica celebrou as Festas de Santa Mônica e de Santo Agostinho, este último visto como ‘bispo e doutor da Igreja’.

Segundo o Papa, Santa Monica, mãe de Santo Agostinho, é “considerada modelo e padroeira das mães cristãs” devido às fervorosas orações pela conversão de seu filho. “De fato, Santo Agostinho não apenas se converteu, como decidiu abraçar a vida monástica; e uma vez de volta à África, fundou ele próprio uma comunidade de monges”, observou o Santo Padre.

Bento XVI afirmou que a “a história do cristianismo é recheada de inúmeros outros exemplos de pais santos e de autênticas famílias cristãs, que acompanharam a vida de generosos sacerdotes e pastores da Igreja”. Aqui, é notável a exortação apostólica de João Paulo II “Familairis Consortium” que fala da força e da importância do sacramento do matrimônio.

Após a oração do Ângelus, o Papa lembrou que amanhã, dia 1º de setembro, a Itália celebrará o “Dia pela proteção da criação”, sob o tema do “ar”. “Como fiz na audiência Geral de quarta-feira passada, exorto todos por um maior empenho pela tutela da criação, dom de Deus. Em particular, encorajo os países industrializados a cooperar responsavelmente pelo futuro do planeta e para que não sejam as populações mais pobres a pagar o preço maior das mudanças climáticas”, disse o pontífice.

Ao voltar-se diretamente aos peregrinos presentes em Castel Gandolfo nas suas respectivas línguas, disse, aos de língua espanhola:

“Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española, en especial a los fieles de la Diócesis de Tortosa. En el evangelio proclamado este domingo vemos cómo la gente, asombrada ante las palabras y los hechos de Jesús, decía de Él: “Todo lo ha hecho bien”. Pidamos por intercesión de la Virgen María poder gozar igualmente de una experiencia viva y real del misterio y de la Persona de Cristo, que nos colma de su amor y su vida a través de la liturgia, la Palabra Divina y la oración. Muchas gracias y feliz domingo.”

Santo Agostinho nasceu na África, na Numídia – atualmente Souk-Ahras na Algéria – em 13 de novembro de 354, de uma família de pequenos proprietários de terras. Recebe da mãe uma educação cristã, mas após ter lido o “Ortensio de Cicerone”, abraça de vez a filosofia aderindo ao maniqueísmo.

Remonta a 387 a sua viagem a Milão, cidade na qual conhece Santo Ambrósio. O encontro se revela importante para o caminho de fé de Agostinho: é de Ambrósio que recebe o batismo.

Em seguida, retorna à África com o desejo de criar uma comunidade de monges; após a morte da mãe, vai para Ippona, onde é ordenado sacerdote e bispo. As suas obras teológicas, místicas, filosóficas e polêmicas – estas últimas refletem a intensa luta que Santo Agostinho empreende conta as heresias, ao que dedicou boa parte de sua vida – são frequentemente objetos de estudo.

Morreu em 28 de agosto de 430, aos 76 anos. Agostinho, pelo seu pensamento rigoroso destacado em textos como “Confissões” ou “Cidade de Deus”, recebeu o título de doutor da Igreja.

 

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