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Anuário Pontifício referente aos anos 2005 a 2014 oferece os números da Igreja

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 09/03/2016, Gaudium Press) – A cada ano, a apresentação do diretório do Anuário Pontifício, a Igreja e estatísticas, mostra um panorama que revela a vida da Igreja no mundo e permite medir e avaliar sua presença no mundo.

O Anuário publicado recentemente já está disponível há alguns dias, nas livrarias.

Neste ano, o Escritório Central de Estatísticas da Igreja, indica uma Igreja dinâmica em um mundo em mutação.

A África surge como sendo o ‘continente da esperança’ para a Igreja Católica, enquanto, por outro lado o número de ministros ordenados, incluindo religiosos, registrou um declínio principalmente na Europa.

Entre os anos 2005 e 2014, período tomado como referência pelos autores do estudo, o número de católicos batizados aumentou num ritmo que ultrapassa largamente o do crescimento da população mundial. Houve um crescimento de mais de 14,1% na Igreja, contra um crescimento de mais 10,8% da população mundial. A exceção ocorre na Oceania.
Em 2014, o mundo ainda contava com 1.272 bilhão de católicos. Isso quer dizer que são 157 milhões de católicos a mais que em 2005.

23% dos católicos do mundo vivem na Europa, porém o velho continente, do ponto de vista católico, tem a menor dinâmica de crescimento do mundo. Há já alguns anos, os católicos batizados constituem cerca de 40% da população europeia.

Enquanto que a África, pelo contrário, tem sido, de longe, o continente mais dinâmico nesse crescimento. A taxa de crescimento dos católicos africanos batizados é superior a 40% e a população na África tem crescido 23,8%. Atualmente, os católicos africanos correspondem a 17% dos católicos de todo o mundo.

A América registrou uma marca que aponta um ligeiro declínio, embora ainda tenha por volta de metade dos católicos batizados de todo o mundo.

Sempre dentro dos anos 2005 a 2014, o número de bispos teve um crescimento de 8,2% em todo o mundo. O aumento maior foi na Ásia, mesmo assim, os Estados Unidos e a Europa continuam a concentrar o maior número de bispos.

O número de sacerdotes estabilizou em todos os países, embora as diferenças sejam muito acentuadas de um de um continente para outro.
Na África, o número de padres, diocesanos e religiosos, aumentou em 32,6% entre 2005 e 2014. Já na Europa, houve uma queda: o número decaiu em mais de 8%.

Outros dados surpreendem: depois de um período de dinamismo havido entre 2005 e 2014, o crescimento do número de sacerdotes parou. E este fenômeno continua.

Isto se aplica também para número de seminaristas: houve um declínio de vocações em todos os continentes, exceto África, e continua em 17,5%, na Europa.

Em 2014, os seminaristas na África e Ásia representavam 53,9% do total deles em todo o mundo. A África tem atualmente 66 seminaristas para 100 sacerdotes ordenados e isto deixa uma esperança de renovação da geração sacerdotal, enquanto que na Europa não existem 10 seminaristas por 100 padres: presságio de um rápido envelhecimento do clero.

O clero religioso é mais afetado que o clero diocesano.

Com relação às vocações femininas, 38% das freiras ainda estão na Europa, mas, no velho continente, assim como na América e na Oceania foram os locais onde o número de freiras diminuiu mais significativamente.

Por outro lado, o número de diáconos permanentes cresceu consideravelmente: 33,5%. Isto aconteceu principalmente na Europa. Os diáconos permanentes são particularmente numerosos nos Estados Unidos.

Estes são os números apontados pelo Escritório Central de Estatísticas da Igreja. (JSG)

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