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Bispos da Inglaterra pedem para que se proteja as regras que limitam o comércio de domingo

Londres – Inglaterra (Terça-feira, 01-03-2016, Gaudium Press) Dom Peter Smith, Presidente do Departamento de Responsabilidade Cristã e Cidadania da Conferência de Bispos da Inglaterra, se uniu a uma carta conjunta publicada no jornal The Sunday Telegraph para participar no debate atual sobre a possível reforma das leis que regulam o comércio de domingo. Os firmantes se manifestam “preocupados que uma progressiva desregulação do comércio de domingo é provável que interrompa os ritmos da vida comunitária que são tão integrais ao bem comum”.Bispos da Inglaterra pedem para que se proteja as regras que limitam o comércio de domingo.jpg

A carta foi publicada no portal da Conferência de Bispos no dia 28 de fevereiro e faz eco da resposta formal elaborada pelos prelados em agosto de 2015 sobre o tema. Nesse momento os prelados recordaram que o crescimento econômico e a liberdade dos consumidores “não podem ser os únicos critérios mediante os quais se mede a prosperidade”. Os Bispos pediram ter em conta o bem-estar das famílias e a coesão da comunidade, e recordaram que as festas religiosas “são observadas por um grande número de pessoas através da Inglaterra e Gales”.

“É importante notar que não se estabeleceu evidência base que demonstre que esta política vá trazer um beneficio econômico substancial ao Reino Unido”, afirma a carta conjunta, que esclarece que as normas que limitam o comércio no dia de domingo protegem de fato aos pequenos comerciantes diante das grandes empresas, evitam as pressões aos empregados para que trabalhem horas extras e preservem o direito dos consumidores a dedicar tempo às suas famílias.

A modificação das normas atuais permitiria aos conselhos locais da Inglaterra decidir se se autoriza ampliar os horários de serviço aos comerciantes no dia de domingo. Atualmente, os grandes comércios têm um limite de máximo seis horas de abertura em um horário entre as 10 da manhã e as seis da tarde. “Em um mundo de crescente mercantilização, o espaço para o tempo e atividades compartilhadas, centrais para o florescimento humano, está se tornando cada vez mais raro”, alertou o documento. “Estender sem necessidade as horas de abertura no domingo só exacerbará esta tendência”. (GPE/EPC)

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