Bispo da Inglaterra escreve carta pastoral incentivando os fiéis à Confissão

Portsmouth – Inglaterra (Segunda-feira, 15-02-2016, Gaudium Press) Sob o título de “O Sacramento da Misericórdia”, o Bispo de Portsmouth, Inglaterra, Dom Philip Egan, dedicou uma Carta Pastoral para motivar aos fiéis a acudir frequentemente ao sacramento da Penitência, especialmente no tempo da Quaresma do Ano da Misericórdia. O prelado iniciou sua reflexão com uma pergunta: “Quando foi a última vez que você se confessou?”.

O prelado indicou que celebrar este Sacramento ao menos uma vez por mês é a forma de experimentar pessoalmente a misericórdia de Deus e corrigiu alguns erros comuns que os fiéis podem acreditar sobre a Confissão. O primeiro deles é a pretensão de não ter necessidade de confessar-se. “Um discípulo de Jesus sempre está atento aos seus erros, sua distância de Deus, sua necessidade de crescer em santidade, oração e vida espiritual”, explicou o Bispo. “Quanto mais próximo estamos da luz, de Deus, mais evidentes se fazem nossos aspectos obscuros”.

Esclarecendo confusões comuns

Dom Egan recordou que Cristo veio pelos pecadores e recomendou realizar um exame de consciência com regularidade para avaliar os pensamentos, trabalhos e ações, assim como a atitude e o estilo de vida. “O pecado não é como uma mancha para ser levada à tinturaria ou uma lei infringida. O pecado é uma falta de amor”, afirmou. “O pecado é frequentemente uma omissão maior que uma comissão (…) é uma ferida para ser sanada”.

O Bispo também explicou a necessidade de acudir a um sacerdote para receber o sacramento, da mesma forma como se acode a um médico diante de uma enfermidade. As falhas humanas naturais do presbítero não lhe retiram a autoridade dada por Deus – o Único capaz de perdoar pecados – para ser o meio através do qual se obtêm o perdão. Além disso, a confissão sacramental expressa a comunhão da Igreja, já que os pecados não causam unicamente um dano pessoal, mas afetam a toda a comunidade da Igreja.

O prelado também abordou a necessidade de confessar as faltas pequenas. “Para os pecados graves, como o ensinou o Concílio de Trento, é o único meio ordinário de obter perdão”, esclareceu. “Mas a Igreja nos exorta a realizar uma confissão regular dos pecados veniais ordinários para ajudar-nos a formar a consciência e lutar contra as tendências malignas”. O caráter terapêutico do sacramento outorga graça, força e energia, e a experiência da misericórdia de Deus permite exercer a misericórdia com os demais.

Além de expôr estes esclarecimentos sobre o sacramento, Dom Egan anunciou a publicação de folhetos com as instruções de como confessar-se e a realização de jornadas de 24 horas de Adoração Eucarística com acesso ao sacramento da Penitência. Estas jornadas se realizarão em um templo de cada zona pastoral da Diocese. O prelado renovou o convite aos fiéis para peregrinar aos dois templos diocesanos que tem Porta Santa para ganhar a indulgência jubilar e obsequiou junto à Carta Pastoral um exemplar do livro “Via Crucis: O caminho ao Céu”. Finalmente, o Bispo recomendou aos fiéis rezar frequentemente a Salve Rainha para acolher a Santíssima Virgem sob o título de Mãe de Misericórdia. “Que Ela nos ajude a experimentar pessoalmente a misericórdia e o amor com o qual Seu Coração (o de Jesus) abunda”. (GPE/EPC)