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Quaresma é tempo de desmascarar três tentações, diz Santo Padre

Ecatepec – México – (Segunda-feira, 15/02/2016, Gaudium Press) – Em Ecatepec na celebração de sua segunda missa nesta Viagem Apostólica ao México, (14,02), Francisco afirmou que a Quaresma é tempo de desmascarar três tentações: a riqueza, a vaidade e o orgulho. Ele ressaltou que as tentações de orgulho são as piores.

Quaresma

O Papa recordou que na quarta-feira passada iniciou-se o tempo litúrgico da Quaresma. É a ocasião em que a Igreja convida-nos a preparar-nos para a celebração da grande festa da Páscoa.

É um tempo especial para lembrar o dom do nosso Batismo, quando fomos feitos filhos de Deus.

A Igreja convida-nos a reavivar o dom recebido para não o deixar cair no esquecimento como algo passado ou guardado em uma “caixa de recordações”.

Filhos amados do Pai

Francisco lembrou também que o tempo da Quaresma é a ocasião para recuperar a alegria e a esperança de nos sentirmos filhos amados do Pai.

Um Pai que nos espera para nos livrar do cansaço, da apatia, da desconfiança e revestir-nos com a dignidade que só um verdadeiro pai e uma verdadeira mãe sabem dar aos seus filhos, as vestes que nascem da ternura e do amor.

O nosso Pai é pai de uma grande família: é Pai nosso, recordou Francisco. Nosso Pai é um Pai que sabe ter um amor, mas não gerar e criar “filhos únicos”.

É um Deus que entende de família, de fraternidade, de pão partido e partilhado. É o Deus do “Pai Nosso”.

Harmonização e santificação

Quaresma: tempo para regular os sentidos, abrir os olhos para tantas injustiças que atentam diretamente contra o sonho e o projeto de Deus. Tempo para desmascarar aquelas três grandes formas de tentação que rompem, fazem em pedaços a imagem que Deus quis plasmar.

Três tentações de Cristo… Três tentações do cristão que procuram arruinar a verdade a que fomos chamados. Três tentações que visam degradar e nos degradar.

A riqueza, apropriando-nos de bens que foram dados para todos, usando-os só para mim ou para “os meus”. É conseguir o pão com o suor alheio ou até com a vida alheia.
Tal riqueza é pão que tem gosto de tristeza, de amargura e de sofrimento. Em uma família ou em uma sociedade corrupta, é o pão que se dá aos próprios filhos.

A vaidade: a busca de prestígio baseada na desqualificação contínua e constante daqueles que “não são ninguém”.

A busca exacerbada daqueles cinco minutos de fama que não perdoa a “fama” dos outros.

E, “alegrando-se com a desgraça alheia”, abre-se caminho à terceira tentação – a pior: o orgulho.

O orgulho, ou seja, colocar-se em um plano de superioridade de qualquer tipo, sentindo que não se partilha “a vida comum dos mortais” e rezando todos os dias: “Obrigado, Senhor, porque não me fizestes como eles”.

Três tentações

Três tentações de Cristo…

Três tentações que o cristão enfrenta diariamente. Três tentações que procuram degradar, destruir e tirar a alegria e o frescor do Evangelho; que nos fecham em um círculo de destruição e pecado.

Por isso vale a pena perguntarmo-nos:

Até que ponto estamos conscientes destas tentações na nossa vida, em nós mesmos?

Até que ponto nos acostumamos a um estilo de vida que considera a riqueza, a vaidade e o orgulho como a fonte e a força de vida?

Até que ponto estamos convencidos de que cuidar do outro, preocupar-nos e ocupar-nos com o pão, o bom nome e a dignidade dos outros seja fonte de alegria e de esperança?

Escolhemos Cristo

Escolhemos, não o diabo, mas Jesus; Se recordarmos do que escutamos no Evangelho, veremos que Jesus não contesta o demônio com nenhuma palavra própria e sim com as palavras de Deus, com as palavras da Escritura porque, irmãos e irmãs, tenhamos em nossas mentes, com o demônio não se dialoga, não se pode dialogar porque ele vai vencer sempre.

Somente a força da Palavra de Deus pode derrotá-lo. Escolhemos Cristo, não o demônio.

Queremos seguir os Seus passos, mas sabemos que não é fácil. Sabemos o que significa ser seduzidos pelo dinheiro, a fama e o poder.

Por isso, a Igreja oferece-nos este tempo da Quaresma, convida-nos à conversão com uma única certeza:

Ele está à nossa espera e quer curar o nosso coração de tudo aquilo que o degrada, degradando-se ou degradando. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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