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O que diria São Leopoldo Mandic aos confessores e penitentes de hoje

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 03-02-2016, Gaudium Press) Em entrevista com a Rádio Vaticano o Padre Flaviano Giovanni Gusella, reitor do Santuário de São Leopoldo Mandic de Pádua – Itália, fala sobre o Santo confessor capuchinho, que é um dos santos que neste Jubileu da Misericórdia saem à luz para promover o sacramento da penitência. Os restos mortais de São Leopoldo Mandic -que viveu de 1866 a 1942- estarão expostos na Basílica Vaticana de 05 a 11 de fevereiro com esta intenção.O que diria São Leopoldo Mandic aos confessores e penitentes de hoje.jpg

Após recordar que tanto Paulo VI como João Paulo II o declararam “heroico ministro da reconciliação” (Paulo VI o beatificou, João Paulo II o canonizou), o Padre Gusella explanou sobre o que São Leopoldo diria e ensinaria aos confessores de hoje:

“Certamente a disponibilidade. O Padre Leopoldo estava no confessionário durante todo o dia, a partir da manhã até a noite. Se há uma coisa que pedia aos superiores era poder permanecer no confessionário, inclusive fora do horário normal: sua total disponibilidade e fidelidade ao seu ministério e seu carisma. Eu creio que seja isto, porque às vezes, por parte de muitos penitentes, se sente hoje a necessidade, o desejo, de conhecer e de encontrar ali -como diz o Papa Francisco na Bula de convocação do Jubileu da Misericórdia- a um confessor que te espera, que te acolhe, que não perde a paciência, e que está pronto para dar-te as boas-vindas como uma imagem de Jesus o Bom Pastor. Creio que esta é a atitude de base fundamental para os confessores. E depois, sempre como diz Francisco na Bula para o grande Jubileu da Misericórdia, esta capacidade de ser rosto misericordioso, terno, doce e paternal àqueles que se aproximam ao sacramento da reconciliação. Assim como o fez o pai da parábola do filho pródigo”.

Aos penitentes, e seguindo com o pensamento do Padre Gusella, São Leopoldo convocaria a confiança. “Tem Fé, tem confiança -dizia- não tenhas medo. Vê, eu sou um pecador como tu. Se o Senhor não sustentasse sua mão sobre a minha cabeça, faria como tu e pior que tu”, dizia São Leopoldo. “Não importa os pecados ou erros. Deus vê nosso desejo de recuperar-nos, de mudar de vida, de reconciliar-nos. E isso é suficiente”, afirma o reitor do Santuário de São Leopoldo Mandic de Pádua.

O Padre Gusella contou uma anedota da vida de São Leopoldo. Um dia o Santo sacerdote saía do confessionário e viu a uma pessoa que há muito não se confessava. “Venha, venha Senhor”, lhe diz. O homem entrou um tanto confuso no confessionário e desprevenidamente se sentou na cadeira do confessor. Diante dele se ajoelhou o Padre Leopoldo e escutou, de joelhos, a confissão. Após contar seus pecados, o penitente se deu conta que havia ocupado o lugar do sacerdote, e pediu desculpas, enquanto o Padre Leopoldo o despedia com um sorriso, muito amplo, sem nem sequer mencionar o erro. O senhor confirmou: “Esse gesto me conquistou profundamente”. A partir de então seguiu visitando a São Leopoldo frequentemente, no confessionário. (GPE/EPC)

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