Cardeal Zen pede oração pelos cristãos perseguidos da China em Congresso Eucarístico
Cebú – Filipinas (Terça-feira, 26-01-2016, Gaudium Press) O Bispo emérito de Hong Kong, Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, se dirigiu aos assistentes do Congresso Eucarístico Internacional pedindo orações pelos cristãos perseguidos em todo o mundo e em particular, por aqueles na China, que “estão ainda em águas profundas, em um fogo incinerante, uma terrível realidade”.
“Quem merece mais ser chamado testemunha, testemunha da verdade do que Cristo que é nossa esperança de glória?”, questionou o purpurado. “Eu penso que são os que são testemunhas por excelência: os mártires”. O Cardeal explicou que os fiéis chineses acreditam em Cristo “como seu Redentor, que morreu na Cruz, que renova Seu supremo sacrifício da Cruz na Eucaristia, que outorga a plenitude de Seu Espírito e assim nos introduz a uma vida abundante, uma vida de amor e glória”.
O Cardeal Zen relatou como o regime ateu transformou o sistema educativo para instigar “o desdém pela religião e particularmente pela Igreja”. Em uma reunião de mestres, as autoridades tentaram conquistar que os educadores pedissem a expulsão do Núncio Apostólico e os missionários estrangeiros sob a acusação de ser agentes “imperialistas”. Em meio deles um sacerdote de incógnito levantou a voz quando se pediu a votação dos presentes. “Não nos está permitindo declarar-nos contra a Igreja, contra o Papa, contra o Sucessor de São Pedro, contra aqueles que representam a Cristo em nossa Igreja”. O sacerdote “desapareceu nesse dia”, recordou o Cardeal, que também recordou a grande perseguição de 1955, quando mais de mil crentes incluindo o Bispo de Shanghai, Dom Ignatius Kung Pin-Mei, foram presos. O prelado foi criado Cardeal em segredo e só pode inteirar-se de sua dignidade em 1988, morreu no exílio no ano 2000.
O purpurado explicou aos fiéis que podem ajudar aos cristãos perseguidos a pertencer ao mesmo Corpo Místico. “Nossas orações, especialmente nossa adoração ao Senhor Eucarístico dará esperança a estes nossos irmãos e irmãs e depois da Cruz vem a ressurreição; depois das tribulações, haverá glória e alegria eternas”.
No Congresso Eucarístico Internacional Cebú 2016 não puderam participar os delegados da China continental pela ausência de permissão oficial, apesar de que participaram católicos de Macau e Hong Kong, que pertencem a regiões autônomas com maior liberdade religiosa. (GPE/EPC)
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