Presidente do Quênia se compromete a proteger liberdade religiosa em nova regulamentação
Nairobi – Quênia (Quinta-feira, 21-01-2016, Gaudium Press) A proposta de regulação ao culto religioso no Quênia despertou fortes críticas por parte dos Bispos do país, as quais motivaram ao Presidente Uhuru Kenyatta ordenar uma consulta com os líderes religiosos e a afirmar seu compromisso de respeito da liberdade religiosa: “Nossa Constituição outorga a todos os quenianos o direito de culto, e apoio plenamente este direito”, declarou o mandatário.
Os Bispos tinham manifestado seu “assombro e surpresa” diante da legislação proposta e denunciaram que dita regulação ameaça “a clara linha de distinção entre o estado e a religião”. Os prelados afirmaram que o poder temporal não pode legislar sobre a maneira como os cidadãos rendem culto a Deus e recordaram que a liberdade de culto está consagrada na constituição do país.
Além desta objeção, os Bispos afirmaram que “amplas seções da lei são irrealistas e utópicas”. Como exemplo citaram que “partes da lei requerem as diferentes crenças manter um registro atualizado de todos os seus membros”. “Desejamos recordar-lhe ao estado que o trabalho de ganhar almas para Cristo é uma tarefa contínua, uma que sucede cada segundo, cada minuto, cada dia e noite”, indicaram os prelados. “Cada segundo, milhões de almas são ganhas para Cristo”. Por este motivo manter um registro atualizado é “logisticamente irrealista e insustentável”.
Os prelados rejeitaram que o estado possa conduzir auditorias espontâneas sobre as instituições religiosas, já que seria a oportunidade de abusos por parte das autoridades. Apesar de as normas serem propostas para frear o enriquecimento indevido dos autoproclamados líderes religiosos, os Bispos recordaram que a Igreja Católica tem normas claras consignadas no Código de Direito Canônico, o qual ainda inclui “procedimento para sancionar aos líderes que cometem erros”. (GPE/EPC)
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