Arcebispo e Primaz do Brasil escreve artigo sobre o inÃcio do ano
Salvador – Bahia (Quinta-feira, 07-01-2016, Gaudium Press) O Arcebispo De Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, em seu mais recente artigo, comenta sobre do Ano Novo e a forma como as pessoas estabelecem suas relações com as demais apesar dos inúmeros fatos cotidianos que as cercam no dia a dia.
Logo no início do texto, intitulado “Um ano que começa”, Dom Krieger escreve: “está começando um novo ano. Por isso, cumprimentamos os amigos, os conhecidos e quem encontramos, repetindo-lhes: ‘Feliz ano novo!’ Há, no coração de todos, a esperança de que o ano de 2016 será melhor do que o ano que passou”.
“É possível que o corre-corre, comum de todo final de ano, não nos tenha possibilitado um momento de reflexão, um exame do que representou para nós o ano que terminou. Se isso realmente aconteceu, perdemos muito. Perdemos a oportunidade de olhar para cada acontecimento com mais objetividade. Tivéssemos feito uma revisão do que vivenciamos ao longo dos últimos doze meses, as alegrias vividas apareceriam em toda a sua riqueza e mesmo nossos momentos difíceis acabariam sendo melhor compreendidos. A recordação das pessoas que conhecemos e das amizades que aprofundamos nos fariam superar ideias pessimistas. Descobriríamos que tanto os momentos alegres como os difíceis nos amadureceram e ajudaram a mudar nossa maneira de encarar a vida”, disse.
Depois, reforça que por mais que tenha sido completa a nossa reflexão, não seriamos suficientemente objetivos em nossas análises. “O ideal é que pudéssemos, como Michel Quoist manifestou em um poema, subir muito alto, acima de nossas cidades, acima do mundo, acima do tempo, para purificar nosso olhar e enxergar tudo com os olhos de Deus. Aí, sim, poderíamos ver o ano que passou como o Pai o viu. Teríamos a exata dimensão do que 2015 representou em nossa vida e na caminhada da humanidade”, afirma.
“Verificaríamos que, em meio a tanto ódio, desgraça e pecado, a humanidade, faminta, esteve à procura da paz e do amor – de um amor que fosse capaz de saciar seu desejo de felicidade”, prossegue.
Ao remeter à celebração do Natal passado, Dom Krieger destaca: “quando Jesus, a “Palavra de Deus” – isto é, Sua expressão verdadeira -, assumiu a nossa natureza humana e passou a viver no meio de nós, nossa vida adquiriu novas perspectivas. Agora, a humanidade não caminha mais sem rumo; ela é conduzida por um impulso de amor, em direção daquele que é o único capaz de saciar sua inquietação”.
No final do artigo, o Primaz do Brasil lembra que se “tivéssemos feito tais reflexões, nasceria em nosso coração uma dupla obrigação: de agradecimento e de pedido de perdão. De agradecimento por termos constatado que o Pai caminhou conosco, animando-nos, perdoando-nos e nos dando a possibilidade de tirarmos proveito até de nossos erros. De pedido de perdão não só por nosso egoísmo, que se manifestou em muitas ocasiões, mas sobretudo por não termos sabido perceber em nossa vida e na de todos os que nos cercam os sinais de amor que ele semeou para que pudéssemos encontrá-lo a cada hora e sempre”. Contudo, “se ainda fizermos essas reflexões, poderemos esperar muito de 2016”. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de Salvador
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