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Papa abre a Porta Santa em São João de Latrão

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 14/12/2015, Gaudium Press) – A Basílica de São João de Latrão é a Catedral de Roma e o Papa é o Bispo de Roma.

Por isso o Bispo de Roma foi até sua Catedral na manhã de ontem, III Domingo do Advento, para abrir a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia.

Terceira Porta

Esta foi a terceira Porta Santa aberta pelo Pontífice neste Jubileu: a primeira foi no dia 29 de novembro, em Bangui, capital da República Centro Africana e a segunda foi na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro, quando foi aberto oficialmente o Ano Santo da Misericórdia.

No domingo, dia 13, coincidiu de ser também o Domingo Gaudete, Domingo da Alegria, ocasião em que foram abertas as Portas Santas de todas as catedrais do mundo.

Ritual

Em São João de Latrão a missa foi no adro, diante da Porta Santa.
A missa seguiu normalmente até que o Bispo de Roma deteve-se alguns instantes em oração enquanto, com o canto do Veni Creator, invocava-se o Espírito Santo. Então, a fórmula de abertura da Porta foi pronunciada:
“Esta é a porta do Senhor”. “Abri-me as portas da justiça”. “Por vossa grande misericórdia entrarei em vossa casa, Senhor”.

Depois de aberta a Porta, o Papa foi o primeiro a atravessá-la. Seguiu o Pontífice os concelebrantes, como o Cardeal Vigário Agostino Vallini, o Vice-Gerente Filippo Iannone, e pelos bispos auxiliares pelo Capítulo lateranense e pelos Padres penitenciários.
Depois deles, passaram pela Porta Santa seis sacerdotes da Diocese de Roma, um Diácono e quinze leigos.
Houve uma procissão que se dirigiu até o altar, enquanto era entoado o Hino do Jubileu da Misericórdia.

Homilia

Em sua homilia o Papa, inspirando-se nas palavras do Profeta Sofonias, explicou que “o motivo da alegria é expresso com palavras que infundem esperança, e permitem olhar para o futuro com serenidade.
O Senhor revogou toda condenação e decidiu viver no meio de nós”.
Na proximidade do Natal “não podemos deixar-nos tomar pelo cansaço:
“Não nos é permitida nenhuma forma de tristeza, embora tenhamos motivos para isso devido a muitas preocupações e por causa das múltiplas formas de violência que ferem esta nossa humanidade. A vinda do Senhor, porém, deve encher o nosso coração de alegria”.

Sofonias

A mensagem do Profeta nas leituras do dia – observa o Papa – abre o nosso coração à confiança:
“Deus protege o seu povo”:
“Num contexto histórico de grandes arbitrariedades e violências, cometidas, sobretudo, por homens de poder, Deus anuncia que Ele mesmo reinará sobre seu povo, que não mais o deixará à mercê da arrogância de seus governantes, e que o libertará de toda angústia. Hoje nos é pedido que “não deixemos desfalecer vossas mãos”, por causa da dúvida, da impaciência ou do sofrimento”.

São Paulo

Citando o apóstolo Paulo, que “responde com veemência ao ensinamento do profeta Sofonias”, Francisco diz que “devemos alegrar-nos sempre, e com a nossa afabilidade dar a todos testemunho da proximidade e do cuidado que Deus tem por cada pessoa”:
“Abrimos a Porta Santa, aqui e em todas as catedrais do mundo.
Também este simples sinal é um convite à alegria.
Inicia o tempo do grande perdão. É o Jubileu da Misericórdia.
É o momento para redescobrir a presença de Deus e a sua ternura de Pai. Deus não ama a rigidez. Ele é Pai, é terno. Faz tudo com a ternura de Pai”.

Compromisso radical

A nós, ao invés, é pedido um compromisso mais radical:
“Diante da Porta Santa que chamados a atravessar, nos é pedido para sermos instrumentos de misericórdia, conscientes de que seremos julgados sobre isso. Quem foi batizado sabe ter uma obrigação maior.
A fé em Cristo provoca a um caminho que dura para toda a vida: o de ser misericordiosos como o Pai.
A alegria de atravessar a Porta da Misericórdia é acompanhada do compromisso de acolher e testemunhar um amor que vai além da justiça, um amor que não conhece fim. Somos responsáveis por esse amor infinito, apesar das nossas contradições”.

Ao final, o Papa Francisco incentivou que rezássemos “por nós e por todos aqueles que atravessarão a Porta da Misericórdia, a fim de que possamos compreender e acolher o amor infinito do nosso Pai Celeste, que transforma e renova a vida”. (JSG)

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