Congregação para a Evangelização dos Povos: Papa fala a membros em Assembleia
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 04/12/2015, Gaudium Press) – A Sala Clementina, no Vaticano, ficou repleta na manhã de quinta-feira (03/12), quando os participantes da Assembleia Plenária da Congregação para a Evangelização dos Povos (CEP) se reuniram para uma audiência com o Papa Francisco.
Eram 160 pessoas entre cardeais, bispos, funcionários e colaboradores deste departamento. Eles estão debatendo nestes dias a situação de seu trabalho na missio ad gentes e as perspectivas para o futuro.
A delegação da CEP foi encabeçada pelo Cardeal-Prefeito, Fernando Filoni, e, membro desde setembro de 2014, também estava presente na audiência o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta.
Não acolher a pessoa de Jesus…
O Papa, que recém chega de sua primeira peregrinação à África, dirigiu-se ao grupo, elogiando a presença da Igreja junto àquele povo ferido e carente, a quem leva sua obra de caridade e promoção humana.
O mundo de hoje, embora saiba receber os valores do Evangelho como o amor, a justiça, a paz e a sobriedade, nem sempre é disponível a acolher a pessoa de Jesus e a experiência de fé, disse Francisco.
Por isso, e para entender como tornar as missões ad gentes mais eficazes, a Congregação realizou nos últimos meses uma pesquisa sobre a vitalidade das jovens Igrejas.
Missão ad gentes
O Papa lembrou aos evangelizadores que a missão é uma força capaz de transformar a Igreja dentro dela mesmo, antes da vida dos povos e das culturas. Convidou as paróquias a assumirem o estilo da missão ad gentes, pois assim, o Espírito Santo transformará os fiéis habituais em discípulos, os e os discípulos desapegados em missionários, projetando-os até ‘os confins do mundo’.
“Continuem a atuar a fim de que o espírito da missão ad gentes anime o caminho da Igreja e ela saiba sempre escutar o grito dos pobres e dos mais distantes, encontrar todos e anunciar a alegria do Evangelho”, disse Francisco, completando:
“A missão renova a Igreja, fortalece a fé e a identidade cristã, e dá novo entusiasmo e motivações”.
Limitar os próprios horizontes
“Todas as Igrejas, quando se limitam a seus próprios horizontes, correm o risco de se atrofiar e se apagar”, sublinhou.
“Saiamos de nossos recintos, emigremos dos territórios aonde somos tentados de nos fechar; só assim seremos capazes de caminhar e semear além, mais além. A Igreja vive e cresce ‘em saída’, tomando iniciativas e ‘chegando perto’ dos mais distantes”. (JSG)
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