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“Os cristãos, na cidade, são chamados a brilhar como ‘luz do mundo’”, afirma Cardeal Vallini

Roma – Itália (Quinta-feira, 12-11-2015, Gaudium Press) No dia 5 de novembro, na Basílica de São João de Latrão, o Cardeal Agostino Vallini, Vigário do Papa para a Diocese de Roma, apresentou a “Carta à Cidade”, que a Diocese romana escreveu para os homens e mulheres que vivem na Cidade Eterna. O documento, fruto do trabalho maturado durante um ano e meio, está assinada pelo purpurado e o Conselho Pastoral Diocesano.Os cristãos, na cidade, são chamados a brilhar como luz do mundo, afirma Cardeal Vallini.jpg

“Os cristãos, na cidade, são chamados a brilhar como ‘luz do mundo’ e ‘lâmpada que ilumina a todos aqueles que são na casa’. Assim testemunhamos a vida nova e gloriosa dos filhos de Deus. Esta é a primeira e fundamental missão da Igreja de Roma, que ‘preside na caridade'”, inicia o documento, que prossegue: “Com esta carta desejamos perguntar: estamos de verdade a altura deste testemunho em nossa cidade de Roma? Que coisa podemos fazer para responder melhor ao chamado do Senhor, que nos quer ‘luz do mundo’?”.

Mais adiante, o Vicariato faz um chamado à renovação espiritual: “As luzes e as sombras do momento presente nos solicitam, como Igreja, a participar em um novo tempo de renovação espiritual, de evangelização, de responsabilidade cultural e de empenho social, sustentados da força de Fé, para chegar às periferias geográficas e existenciais de nossa cidade”.

Um ponto importante é o Jubileu da Misericórdia, que ocorrerá justamente como epicentro da capital italiana: “O Jubileu da Misericórdia, já eminente, é um dom que a Igreja de Roma tenta compartilhar com as mulheres e os homens que vivem na cidade. Queremos que seja, sobretudo, um tempo consagrado a Deus para restituir ‘paz aos homens que Deus ama’ (Lc 2, 14). Um tempo no qual se ponham em ordem todas as relações humanas, e se lhe dê um novo impulso e paixão à regeneração da vida social”, sobretudo em tempo de crise social e econômica.

O texto também aborda a crise que enfrenta a cidade, mas que apesar dela, há sinais de esperança: “Não obstante os sinais da crise, Roma conserva maravilhosos talentos por desenvolver como lugar de encontro, de reconciliação, de diálogo, de promoção de crescimento integral da pessoa e da reciprocidade social”.

Em outro momento, a carta também aborda o importante papel da Igreja na sociedade romana: “Queremos mencionar o papel da Igreja. Em primeiro lugar, é claro, a pessoa do Papa que cotidianamente fala à cidade e ao mundo, e com sua presença reúne multidões de peregrinos e turistas, fiéis e não crentes, em torno de sua palavra. Mas não podemos esquecer as numerosas realidades eclesiais presentes e que obram no território: paróquias, comunidades religiosas, movimentos e associações eclesiais, escolas católicas e universidades, hospitais e casas de anciãos, organizações de caridade, etc”.

Como desafios que tem sido enfrentados, o Vicariato chama aos cidadãos a “abordar com decisão os desequilíbrios profundos econômicos, sociais e culturais”, sobretudo a problemática das famílias pobres, dos anciãos na solidão, do desemprego entre os jovens e os migrantes.

Entre os desafios, também está o da educação, como se sublinha na carta: “A primeira tarefa de uma comunidade que se preocupa pelo futuro é o compromisso com a educação cultural e moral. Não é por casualidade que a Igreja italiana escolheu como objetivo pastoral do decênio o compromisso pro ‘Educar na vida boa do Evangelho'”.

Além disso, a partir do Vicariato se faz um chamado para que se forme “pacientemente a classe dirigente do amanhã”. “A complexidade dos problemas que uma metrópole como Roma deve enfrentar, reclama uma classe dirigente competente e dedicada ao bem comum”, se destaca no documento.

Ao concluir, a carta fala da importante oportunidade que será para Roma o Ano Santo da Misericórdia: “Neste momento de grandes mudanças, o Jubileu da Misericórdia é uma graça para a igreja e para cada cristão. Todos estamos chamados -como afirmou o Papa- ‘a oferecer mais forte os sinais da presença e a proximidade de Deus. Este não é o tempo para as distrações, ao contrário, para permanecer vigilantes e para despertar em nós a capacidade de olhar o essencial. É o tempo para que a Igreja reencontre o sentido da missão que o Senhor lhe concedeu o dia da Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai”. (GPE/EPC)

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