Galeria Nacional em Londres promove exposição “Visões do Paraíso”
Londres – Inglaterra (Terça-feira, 03-11-2015, Gaudium Press) A Galeria Nacional da Inglaterra, em Londres, apresentará a partir do próximo dia 04 de novembro a exposição “Visões do Paraíso”, a qual mostra os resultados de três anos de investigação sobre a peça do altar “A Assunção da Virgem”, pintada pelo artista Francesco Botticini. A obra, de quase quatro metros de largura e mais dois de altura, fez parte do desaparecido templo de São Pedro Maior na Florença, Itália, completado por volta do ano 1477.
Segundo a Galeria Nacional, a obra de Botticini retrata a Assunção da Santíssima Virgem “ou mais precisamente sua recepção no Céu, que está representado como um dom celestial”. Para um maior entendimento da mesma, a exposição inclui uma reconstrução digital da arquitetura de São Pedro Maior, uma igreja da qual somente sobrevive uma série de arcos e materiais de arte sacra que foram levados a outros lugares após sua demolição. “Visões do Paraíso oferece a rara oportunidade de ver a pintura de perto, e esta será mostrada junto a outras pinturas relacionadas, desenhos, impressões, manuscritos, cerâmicas e esculturas pela primeira vez”, indicou a Galeria Nacional.
A obra mostra no centro, na parte inferior, aos Apóstolos que observam maravilhados o túmulo vazio da Santíssima Virgem, a qual é representada cheia de flores de lírio, enquanto que a Santíssima Virgem é recebida na parte alta em meio de círculos dos céus. Os Anjos estão distribuídos em nove coros divididos em três hierarquias, as quais representam os serafins, querubins e tronos na parte mais alta; na parte média se encontram as dominações, as virtudes e as potestades e finalmente os principados, arcanjos e anjos. Em meio dos anjos pode se reconhecer alguns Santos.
O templo de São Pedro Maior se encontrava na Praça de São Pedro de Florença, Itália, e tem sua origem em um mosteiro beneditino do século XI. O templo foi demolido no ano de 1783 por causa da mentalidade anticlerical do Grão Duque Pedro Leopoldo, que debaixo da escusa de um suposto risco de instabilidade da estrutura do templo, ordenou sua demolição total. Do templo original unicamente sobreviveram três arcadas do pórtico da fachada, incorporadas a um edifício posterior. (GPE/EPC)
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