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Religiosas contemplativas do México revelam sua vida dentro de um Convento

Redação (Quinta-feira, 29-10-2015, Gaudium Press) As religiosas da Ordem das Irmãs Clarissas Capuchinhas Sacramentárias, que habitam no Mosteiro de São José e Santa Maria de Guadalupe, no povo de San Juan Tlihuaca, em Azcapotzalco (México), e que celebram seus 115 anos de fundação, recentemente concederam uma entrevista ao semanário “Desde la Fe” da Arquidiocese do México, onde revelaram como é sua vida dentro do Convento e como tem sido sua presença no país latino-americano há mais de um século.

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“A ordem nasceu em tempo de perseguição religiosa. No ano de 1901 a comunidade não tinha uma casa própria, por este motivo teve que andar vagando de um lugar ao outro. Era habitual que as Irmãs se mantivessem escondidas nos sótãos de casas particulares com famílias de nobre coração. Depois de diversos sofrimentos, se estabeleceriam no cerrito da Basílica de Guadalupe; no entanto, não era um lugar próprio, mas um espaço que lhe foi oferecido para estabelecer-se por um tempo”, narrou a Irmã Clara Cuéllar sobre o início da Ordem.

Contou também que no dia 25 de junho de 1957, a comunidade se viu obrigada a buscar outro espaço chegando ao povo de San Juan Tlihuaca, Azcapotzalco, onde constituíram o Mosteiro de São José e Santa Maria de Guadalupe, o lugar onde se encontram atualmente.

A Irmã também falou sobre sua experiência como monja dedicada à contemplação: “A experiência de estar com Deus é parecida a praticar com o melhor dos amigos. A Deus se lhe comenta o estado de ânimo, o que se quer, o que se sofre, o que se pensa. Mas sobretudo buscamos pedir-lhe força para que o amor que se lhe tem não termine nunca, mas que cresça cada vez mais”.

Disse ainda que “ao longo dos anos a experiência se faz mais profunda, não se pode medir, e inclusive, chega a ser algo incomunicável. Não se sabe exatamente o que sucede, mas são os outros os que reconhecem a presença de Deus na monja que se dedica à contemplação, em seu olhar, seus gestos, sua conduta. Se ganha uma confiança e alegria permanente, se descobre que Deus está presente em tudo e que se preocupa por cada um de nós. Deus está falando sempre, mas são os homens os que não escutam. Por tal motivo, através da contemplação percebemos nos amanheceres, o botão da rosa que se abre, o frio da manhã, em tudo”.

“A vida contemplativa é como uma vela. Nós realizamos um contínuo louvor e oferenda a Deus. A atividade que realizamos pode ser entendida como uma luz que se acende por uma intenção que trabalha a favor de todos os homens da terra. Por isso, no momento em que vamos diante de Cristo Eucaristia não só falamos de nós, mas das necessidades e a salvação de todos os homens”, acrescentou a Irmã.

Sobre como é um dia em um convento, contou que as atividades se iniciam a partir das 05h e terminam às 21h. “O primeiro que fazemos é assear-nos como se fosse qualquer trabalho. Algumas se penteiam, se banham, ficam lindas porque estarão na presença de Deus. Ao longo do dia se realizam várias orações e meditações, as quais ocupam uma parte significativa do dia”.

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Já durante o dia, as religiosas têm atividades divididas dentro do convento. Normalmente o café da manhã é tomado em silêncio, mas durante a refeição há ocasião para compartilhar. “Parte de nosso trabalho é tecer, produzir hóstias, preparar pão e biscoitos, e gemada que vendemos”, acrescentou.

O dia termina com alguma atividade física ou recreativa, como assistir a um filme, que segue com um jantar ligeiro e um momento de oração antes de ir dormir. (GPE/EPC)

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