Mostra sobre Santa Teresa de Lisieux é inaugurada em Roma

Roma – Itália (Sexta-feira, 16-10-2015, Gaudium Press) Por ocasião da canonização dos pais de Santa Teresinha do Menino Jesus -Luis e Celia Martin, que ocorrerá no próximo domingo 18 de outubro, a Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma inaugurou na última terça-feira, 13, a mostra “Teresa de Lisieux ou la brûlure d’amour” – “Teresa de Lisieux ou o ardor do amor”. A exposição estará aberta para o público até o próximo dia 30 de novembro no primeiro andar da instituição educativa, situada na Praça de Sant’Apollinare da Cidade Eterna.

A exibição, organizada pela Universidade Pontifícia e a associação de Amigos de Teresa e do Carmelo de Lisieux, já havia sido apresentada em outros países. Nela se reúnem fotografias de grandes proporções que falam sobre as diversas facetas do amor que deram forma à vida de Teresa, e que caracterizaram a infância espiritual de Santa Teresinha, quer dizer, o caminho da confiança e do total abandono a Deus. Desta maneira, a mostra está dividida no amor a seu povo, sua família, à Virgem, à Ordem do Carmelo, aos Santos, ao Menino Jesus; amor pelos homens de sua época e o amor além de sua vida terrena.

Um amor que muito bem viveram os pais da Santa, que serão canonizados no próximo domingo pelo Papa Francisco no marco do Sínodo da Família, convertendo-se no primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia.

Sobre eles falou o Padre Antonio Sangalli, Vice-postulador da Causa de Canonização, em uma entrevista para a Rome Reports: “Apesar de ser uma família de classe burguesa, nunca tiveram essa mentalidade acomodada. Em casa eram muito sóbrios. Suas filhas se queixavam de que eram muito generosos com os pobres. E o pai lhes respondia: ‘Doai, doai, doai, fazei felizes as pessoas’. Às filhas essa sobriedade lhes custava, porque às vezes elas comiam pão muito simples, e davam aos pobres um melhor”.

“Nunca duvidaram da presença e a ajuda de Deus em suas vidas. Seja nos momentos alegres como nos difíceis. Basta recordar que estiveram casados somente 19 anos, Luis perdeu a Celia quando tinha 47 anos e ficou viúvo por 17 anos. Perderam a quatro filhos. Não lhes faltaram as dificuldades, mas não perderam a confiança em Deus”, acrescentou o Vice-postulador.

Por esses dias, e até o próximo dia 24 de outubro, estarão expostas as relíquias de Santa Teresinha e de seus pais na Basílica de Santa Maria a Maior, justamente na Capela da Virgem ‘Salus Populi Romani’, onde o Santo Padre Francisco dá uma oferenda floral cada vez que retorna de suas viagens apostólicas. As relíquias também foram expostas neste mesmo lugar no ano passado.

Louis e Zelie Martin contraíram matrimônio em 1858. Desta união nasceram nove filhos, mas quatro morreram quando ainda eram muito pequenos. Uma de suas filhas, Teresinha, se converteu em modelo de santidade no mundo inteiro, outra delas, Leonina, está em processo também para receber a honra dos altares.

O casal de esposos foi beatificado no dia 19 de outubro de 2008 durante o pontificado de Bento XVI, após a cura milagrosa do pequeno Pietro Schilirò afetado por uma grave má formação nos pulmões.

A cura milagrosa de uma pequena prematura de Valência, Espanha, atribuída a sua mediação é a que levará aos pais de Teresinha à canonização. (GPE/EPC)