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Arqueólogos encontram o que pode ser as ruínas de Sodoma na Jordânia

Amã – Jordânia (Sexta-feira, 16-10-2015, Gaudium Press) Em um lugar conhecido como Tall el-Hammam na parte sul do vale do rio Jordão na Jordânia, poderia ter estado localizada a famosa cidade bíblica de Sodoma, destruída por Deus segundo as Sagradas Escrituras pela intensa vida de pecado de seus habitantes. Esta é a tese de um grupo de arqueólogos dirigidos pelo Professor Steven Collins, da Trinity Southwest University dos Estados Unidos, que completou a décima temporada de escavações no lugar, onde se encontraram as ruínas do que pode ser uma imponente cidade-estado.

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Segundo Collins, estas ruínas seriam as melhores candidatas para ser identificadas como a cidade bíblica de Sodoma. “Tall el-Hammam parece cumprir todos os critérios de Sodoma”, explicou a Popular Archaeology. “Teorizando sobre a base dos textos de Sodoma, seria a maior das cidades de Kikkar (uma planície bem regada pelo Rio Jordão) ao leste do Jordão”. O especialista afirmou que devia ser a maior cidade da região na Era de Bronze Média, o tempo de Abraão e Lot. “Quando exploramos a área, a escolha de Tall el-Hammam como localização de Sodoma era virtualmente óbvia, já que era ao menos cinco a dez vezes maior que todos os lugares da idade de Bronze na região inteira, inclusive além do kikkar do Jordão”.

As descobertas permitem estimar que a cidade teria dois níveis: as construções mais recentes (de 3500 à 2350 antes de Cristo) incluem uma muralha de 5,2 metros de espessura e uns 10 metros de altura elaborada com ladrilhos de barro com portas, torres, ao menos uma estrada e várias praças. Uma nova construção ainda maior haveria substituído a primeira nos anos 2000 a 1540 antes de Cristo, com um sistema de fortificação de ladrilho em uma área de 250 metros por 400 metros que deve ter sido levantada até 100 pés por cima da planície, superando as expectativas para uma edificação da Idade de Bronze.

No entanto, são as teorias sobre o final da cidade o que mais chama a atenção. Segundo os arqueólogos, a próspera cidade haveria sido abandonada de repente até o final da Idade de Bronze Média e o lugar haveria sido quase inteiramente desabitado durante 700 anos. Não se encontraram materiais e objetos da Idade de Bronze Tardia no lugar e somente na Segunda idade de Ferro se identifica a presença de edificações que não chegam à magnitude alcançada pela cidade séculos atrás.

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Indícios sobre a causa do declive da cidade poderiam estar em uma capa de cinzas em várias das escavações, assim como a coloração avermelhada dos ladrilhos do chamado “palácio vermelho” causada pela ação do fogo. Apesar da destruição de cidades com saques e incêndios serem comuns na época, peças de cerâmica derretida sugerem uma temperatura mais alta que a de um incêndio. Uma teoria que poderia explicar isto é a de uma explosão aérea, como a causada por um meteorito no rio Tunguska da Rússia em 1908. “Temos agora um grupo de cientistas investigadores que se especializam neste tipo de coisas trabalhando sobre mostras de Hammam em vários laboratórios universitários no país, afirmou Collins. “O interesse que nossa ‘explosão aérea’ gerou é bastante surpreendente. (GPE/EPC)

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