Comemoram em Fátima o 98º aniversário das aparições marianas

Fátima – Portugal (Quarta-feira, 14-10-2015, Gaudium Press) Entre os dias 12 e 13 de outubro ocorreu no Santuário de Fátima em Portugal a Peregrinação Internacional pelo 98º aniversário da última aparição mariana aos três pastorinhos. Dois momentos marcaram a celebração em torno da Mãe de Deus: a Vigília de oração e memória da dedicação da Basílica de Nossa Senhora do Rosário na noite de segunda-feira, e a solene Eucaristia na manhã desta terça-feira, ambos acontecimentos presididos pelo Cardeal Giovanni Battista Re, Prefeito Emérito da Congregação dos Bispos e Presidente Emérito da Pontifícia Comissão para América Latina.

“Nesta noite de vigília, que nos prepara para o dia no qual se recorda a última das seis aparições da Virgem Maria na cova da Iria, celebramos a memória da dedicação desta Basílica. Os textos litúrgicos nos convidam a levantar os corações para Deus, apoiando-nos sobre o tema mais alto e mais belo: o amor que Deus tem para nós. Até o ponto de vir a morar em cada homem e mulher”, assinalou o purpurado ao começar a homilia da Vigília na última segunda-feira, 12.

Na ocasião, o Cardeal também motivou a reflexão convidando aos milhares de fiéis presentes no Santuário Mariano interrogar-se sobre o lugar que Deus ocupa em cada uma de suas vidas e em seus corações, e assinalou: “Excluindo a Deus de sua vida, o ser humano permanece um enigma indecifrável para si mesmo. O homem e a mulher podem conhecer muitas coisas, inclusive sem Deus; mas sem Deus, não se podem conhecer a si mesmos, o sentido da vida e o próprio destino eterno”.

Neste sentido, disse que Nossa Senhora, ao aparecer em Fátima com seu convite à oração, à conversão do coração e à penitência, indicou a todos o caminho que leva a Deus. “Nesta noite a Virgem Mãe nos repete que Deus é um Pai que nos ama, quer nosso bem, nos perdoa porque nos ama”, expressou.

Depois, concluiu o purpurado: “Nesta memória da dedicação desta Basílica, peçamos a Nossa Senhora que nos alcance a graça de colocar a Deus no centro de nossas vidas e de sentir-nos responsáveis diante dEle por nossos irmãos e irmãs”.

Entretanto, na manhã desta terça-feira, durante a Celebração Eucarística da comemoração das aparições, o Cardeal Giovanni Battista Re, refletiu sobre a Fé tomando como modelo a Mãe de Deus.

“Aquele ‘sim’ pronunciado por Maria, antes de ser um ato de obediência, foi um ato de Fé. Aquele ‘fiat’ significou fiar-se de Deus: foi colocar a vida dEla nas mãos de Deus (…) Com este seu ‘fiat’, Maria deu início a uma admirável peregrinação: a peregrinação da Fé”, expressou o purpurado.

O Cardeal assinalou que “a maior desgraça que pode acontecer é precisamente perder a Fé”, já que ela “enriquece a existência humana em todas suas dimensões é capaz de iluminar a vida inteira”; mas que tristemente hoje a Fé passa por uma dura prova: “estilos de vida e correntes de pensamentos a colocam em dúvida ou a eliminam a partir das raízes”.

Por isso reiterou que em Maria se encontra um modelo e apoio para nossa Fé: “Para Ela também não foi fácil encontrar-se com o Mistério. Para Ela, o abandonar-se nos desígnios de Deus também foi humanamente falando, um salto na escuridão (…) Também ela sofreu as dificuldades da Fé, mas se manteve fiel até o fim junto à Cruz”.

Em outro momento, ao referir-se às aparições marianas disse que elas são “uma manifestação de sua solicitude materna por nós, um sinal de proximidade da Bem-aventurada Virgem Maria aos nossos problemas, às nossas dificuldades; são expressão do desejo que tem de socorrer-nos, a nós homens e mulheres que neste mundo combatemos contra as forças do mal; são um sinal de sua misericórdia materna”.

Nossa Senhora de Fátima apareceu pela primeira vez aos três pastorinhos -Lúcia, Jacinta e Francisco- no dia 13 de maio de 1917. Este mesmo ano sucederam outra série de aparições, sendo a última ocorrida no dia 13 de outubro. (GPE/EPC)