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Exorcistas italianos alertam sobre emergência do ocultismo e satanismo

Roma – Itália (Quarta-feira, 24-09-2015, Gaudium Press) O Padre Francesco Bamonte, Presidente da Associação Internacional de Exorcistas, sustentou recentemente uma reunião com 150 exorcistas italianos na qual avaliaram os desafios atuais do ministério. Como fruto de suas deliberações, os presbíteros fizeram um chamado aos Bispos da Itália e a outros prelados no mundo para solicitar uma maior formação e designação de sacerdotes exorcistas, como resposta a um aumento do ocultismo e do satanismo.Exorcistas italianos alertam sobre emergência do ocultismo e satanismo.jpg

“Enviamos uma carta com a cópia dos estatutos a todos os Bispos italianos e aos Bispos das nações onde operam nossas secretarias linguísticas”, declarou o sacerdote ao jornal italiano Avvenire. “Na carta ressaltamos o agravar-se da atual emergência do ocultismo-satanismo e, por conseguinte, a necessidade de comprometer-se na formação de todos os sacerdotes e sua preparação para um primeiro discernimento dos distintos casos em relação com este fenômeno. Também desejamos a nomeação de um maior número de exorcistas na Igreja e a promoção de sua formação permanente”.

A invocação não é um jogo

O Padre Benigno Palilla, exorcista da Diocese de Palermo, explicou ao jornal a proliferação de práticas ocultistas disfarçadas de jogo nas escolas. Um destes exemplos é o chamado “Charlie, Charlie”, um suposto jogo de invocação no qual se busca que dois lápis se movam para oferecer respostas a perguntas. Se os lápis se movem sem causas físicas como o cento, “significa que há uma entidade que os move. Agora bem, esta entidade não pode ser Deus: Ele, de fato, não se presta a estes jogos. Portanto, só pode ser o diabo”, advertiu. “É, então, uma invocação do diabo através deste jogo, isso não é um jogo”. Este mesmo princípio se aplica para as sessões de espiritismo e outras práticas.

Além desta advertência, o Padre Benigno, se referiu também ao recurso de práticas ocultas diante de um problema de saúde. Nestes casos, recordou, o demônio nunca sana uma enfermidade, mas pode suspender os sintomas temporalmente com o fim de enganar. “A enfermidade, portanto, permanece”, comentou. O que se obtêm em troca é um vínculo exigente com o maligno através do ocultista. O recurso ao ocultismo também afeta a psicologia da pessoa como ocorre entre aqueles que consultam a divinos ou talismãs. “O oculto ajuda a criar uma mentalidade de não atuar à espera de uma ‘alimentação externa'”.

O Padre Bamonte concluiu sua explicação do fenômeno expondo a importância da devoção à Santíssima Virgem. “No curso de nosso ministério de exorcistas, aos poucos experimentamos que o Rosário, rezado assim, é especialmente temido pelo diabo”, concluiu. “Uma vez, quando o diabo estava tratando de arrebatar-lhe o rosário que havia posto ao redor do pescoço de uma pessoa atormentada exclamou com raiva: ‘Quem se aferra a esta cadeia nunca se perderá'”. (GPE/EPC)

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