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Líderes da Igreja Católica da Colômbia, Equador e Venezuela se encontram na Colômbia para discutir crise diplomática

Quito (Sexta, 14-08-2009, Gaudium Press) Depois do mal estar provocado nas últimas semanas por conta do pré-acordo entre EUA e Colômbia – sobre o uso de bases militares pelos americanos no país latino -, os presidentes das conferências de bispos do Equador, Venezuela e Colômbia devem fazer uma reunião para discutir o assunto na próxima semana, na Colômbia.

A informação foi dada ontem pelo presidente da Conferência Episcopal do Equador, monsenhor Antonio Arregui a um diário do país. Os prelados esperam conseguir meios de ‘esfriar’ as discussões entre os países e emitir um pronunciamento conjunto sobre a questão.

“Temos intercambiado opiniões e critérios; devemos agir com a intenção de dar soluções que permitam encerrar as turbulências nas relações entre os nossos países”, afirmou dom Arregui.

Na entrevista, o religioso afirma ter chamado a atenção do secretário geral da conferência colombiana, monsenhor Juan Vicente Córdoba, que teria acusado os chefes de governo da Venezuela (Hugo Chávez) e do Equador (Rafael Correa) de tratar a Colômbia de forma ‘desonesta e imatura’.

Acordo

Depois que a negociação entre EUA e Colômbia se tornou pública, Hugo Chávez chegou a dizer que ‘ventos de guerra começam a soprar’, uma ilustração para afirmar que a presença dos EUA poderia provocar uma guerra. O presidente equatoriano, por sua vez, disse que o acordo, se confirmado, ‘afetaria a paz no continente’.

Se aprovado, o acordo permitirá aos EUA manter 1.400 pessoas, entre militares e civis, em bases na Colômbia pelos próximos dez anos. Os dois aliados afirmam que o acordo não é novo, mas apenas uma extensão do acordo de combate ao narcotráfico e às Farc, chamado de Plano Colômbia; e argumentam que todas as bases permanecerão sob o controle colombiano.

As negociações para o novo acordo foram iniciadas depois que o Exército americano devolveu as instalações da base militar de Manta ao governo do Equador. A base servia como o centro das operações dos EUA na região há pelo menos uma década.

 

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