Fé, motivo mais verdadeiro da grandeza de Maria, diz Santo Padre
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 17/08/2015, Gaudium Press) – Apesar do tempo estar instável em Roma, no sábado, 15, milhares de fiéis foram ouvir as palavras do Papa, na oração Mariana do Angelus, na manhã da festa da Assunção da Santíssima Virgem Maria.
Era a primeira vez que, depois de 61 anos, um Papa rezava o Angelus no Vaticano por ocasião da Solenidade da Assunção de Maria.
Desde que o Papa Pio XII instituiu a Audiência Geral em 1954, tradicionalmente, o Angelus da Solenidade da Assunção é rezado na residência de verão dos Papas, em Castel Gandolfo.
Canto cheio do Espírito Santo
As reflexões do Papa Francisco feitas diante de milhares de fiéis desenvolveram-se em torno da passagem do Evangelho da visita de Maria a sua prima santa Isabel.
Foi uma ocasião oportuna para recordar aquele encontro “pleno do Espírito Santo”, em que Maria expressa a sua alegria através do seu cântico do Magnificat, segundo o Papa, por ter tomado “plena consciência do significado das grandes coisas que estão se realizando na sua vida: por meio dela chega ao cumprimento toda a espera de seu povo”.
A Fé “daquela que acreditou”
Para Francisco, o Evangelho do dia mostra “o motivo mais verdadeiro da grandeza de Maria e da sua bem-aventurança”: a Fé.
Ele afirmou que “De fato, Isabel a saúda com estas palavras: ‘Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu’.
A fé é o coração de toda a história de Maria; ela é fiel, a grande fiel; ela sabe -e o disse- que na história pesa a violência dos prepotentes, o orgulho dos ricos, a arrogância dos soberbos.
Todavia, Maria acredita e proclama que Deus não deixa sozinhos os seus filhos, humildes e pobres, mas os socorre com misericórdia, com solicitude, derrubando os poderosos de seus tronos, dispersando os orgulhosos nas tramas de seus corações. Esta é a fé de nossa Mãe, esta é a fé de Maria! “.O Cântico de Nossa Senhora nos deixa também intuir que não “poderia conhecer a corrupção do sepulcro, aquela que gerou o Senhor da vida”, disse o Santo Padre.
Para o Papa, as “grandes coisas” que o Onipotente fez em Maria, dizem respeito também a nós, “nos falam de nossa viagem na vida, nos recordam a meta que nos espera: a casa do Pai”:
Peregrinação
“A nossa vida, vista à luz de Maria assunta ao Céu, não é um vagar sem sentido, mas é uma peregrinação que, mesmo com todas as suas incertezas e sofrimentos, tem uma meta segura: a casa de nosso Pai, que nos espera com amor. É bonito pensar nisto: que nós temos um Pai que nos espera com amor e que também a nossa Mãe Maria está lá, e nos espera com amor”.
O Rosto de Maria
O Santo Padre recorda então que Deus fez resplandecer um sinal de consolação e de segura esperança:
“E este sinal tem um rosto, este sinal tem um nome: o rosto luminoso da mãe do Senhor, o nome bendito de Maria, a cheia de graça, bem-aventurada porque acreditou na palavra do Senhor: a grande fiel! Como membros da Igreja, somos destinados a partilhar da glória da nossa mãe, porque, graças a Deus, também nós acreditamos no sacrifício de Cristo na cruz e através do Batismo, somos inseridos em tal mistério de salvação”.
Oração
“Hoje todos juntos rezemos a ela, para que, enquanto se desvela o nosso caminho sobre a terra, ela nos dirija os seus olhos misericordiosos, ilumine o nosso caminho, nos indique a meta, e nos mostre depois deste desterro Jesus, o fruto bendito do seu ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!” (JSG)
Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano.
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