Reconhecido o martírio de Bispo morto na Turquia em 1915
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 10/08/2015, Gaudium Press) – Dom Flaviano Michel Melki foi morto em 1915, durante os massacres anticristãos levados a cabo pelo império otomano durante o estupor causado pela primeira Guerra Mundial e agora será beatificado.
Depois de encontrar-se, no último sábado, com o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, o Papa Francisco autorizou que o dicastério promulgasse o decreto relacionado com o reconhecimento de martírio do Servo de Deus Flavien Michel Melki.
O futuro Beato era membro da Fraternidade de Santo Ephrem.
Há um século ele era o Bispo sírio-católico de Djézireh, uma pequena cidade que abrigava poucos milhares de cristãos, enquanto os muçulmanos curdos eram quatro vezes mais numerosos.
Durante a tormenta que se abateu sobre os cristãos do Império Otomano em 1915, a maior parte da população cristã foi exterminada. O Império estava entre duas frentes opostas e, neste contexto, os curdos Jazira receberam ordens para exterminar os cristãos considerados, sem exceção, como potenciais espiões.
No momento de seu martírio o Beato Melki tinha 57 anos de idade. Nascido em 1858 em Kalaat Mara (atual Turquia), foi assassinado em 29 de agosto de 1915.
Sobre a figura do futuro Beato, o postulador da Causa, Pe. Rami Al Kabalan disse à Rádio Vaticano: “Ele desempenhou um papel fundamental ao encorajar as pessoas a defender a própria fé nas dificuldades da época, durante as perseguições do Império Otomano.
Vivia em extrema pobreza, vendeu tudo que tinha para ajudar os pobres a combater a miséria; visitava todas as paróquias, desempenhava seu apostolado com zelo.
Ele era filho de uma família siro-jacobita e se converteu ao catolicismo antes de sua ordenação sacerdotal. “
Como a maioria de seus irmãos na fé, ele recusou-se até o fim a aceitar o islamismo.
No contexto atual, a beatificação desse mártir da Fé será um sinal de alento para os cristãos do Oriente, a região onde as pequenas comunidades cristãs são mais uma vez perseguidas. (JSG)
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