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Bispo de Erexim: "A família envolve a realidade pessoal, social e histórica da pessoa"

Erexim – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 07/08/2015, Gaudium Press) Dom José Gislon, Bispo da Diocese de Erexim, no Estado do Rio Grande do Sul, escreveu o artigo “O amor e a ternura do pai na família”. Na reflexão, ele afirma que no segundo domingo do mês de agosto, mês vocacional, recordamos e festejamos o Dia dos Pais, com o início da semana nacional da família.

De acordo com o Prelado, mesmo diante dos ventos de mudança que sopram na sociedade, com o objetivo de abolir ou minimizar a importância da família, não podemos esquecer que a família envolve de modo profundo a realidade pessoal, social e histórica de toda pessoa.

Ele explica que, em nossa sociedade, a realidade familiar também passou e continua passando por um processo de mudanças que muitas vezes vai na onda do momento, onde pode faltar o amor doação, que é capaz de fazer renúncias pessoais pelo bem comum da família constituída. O Bispo cita o Concílio Vaticano II, que diz em um dos seus documentos: “O bem-estar da pessoa e da sociedade humana e cristã está intimamente ligado a uma favorável situação da comunidade conjugal e familiar”.

Além disso, Dom Gislon destaca que as mudanças ocorridas na sociedade provocaram transformações também no papel do pai na realidade familiar. Conforme ele, passamos de um contexto em que a família dependia fortemente da autoridade do pai, em que a mãe e os filhos eram praticamente submissos à autoridade paterna, a uma paternidade menos autoritária e mais amorosa. “Nesta nova realidade social, a autoridade do pai é marcada pelo respeito, pelo diálogo e pelo amor que valoriza cada pessoa e reforça os vínculos do núcleo familiar”, completa.

Por fim, o Prelado avalia que dentre todas as mudanças que marcaram a figura do pai na família, ele acredita que a mais marcante foi a de romper a barreira dos pais terem o direito de expressarem amor e ternura em relação aos filhos. Ele afirma que ser um pai amoroso não é sinal de fraqueza ou ausência de autoridade, mas é expressão do amor divino, daquele amor revelado por Deus Pai ao seu Filho Jesus e manifestado em várias passagens da Bíblia, a começar pelo batismo “Este é o meu Filho muito amado no qual pus todo o meu agrado” (Mt 3,17).

“Quanto mais os pais demonstrarem amor, ternura e respeito às pessoas da família que constituíram, mais respeitados serão por aquilo que são, pais. Que Deus Pai, com amor e ternura, abençoe hoje e sempre os nossos pais”, conclui. (FB)

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