Fotógrafo judeu sobre o Santo Sudário de Turim: “Foi a ciência que me convenceu”
Washington – Estados Unidos (Sexta-feira, 07-08-2015, Gaudium Press) Contemplar o Santo Sudário de Turim é uma experiência que marcou a vida de Barrie Schwortz, um cético fotógrafo judeu convocado para o Projeto de Investigação do Sudário de Turim em 1978. O que viu durante as análises dos especialistas à relíquia questionou profundamente sua vida, ao ponto de convertê-lo em um público defensor de sua autenticidade. “Foi a ciência que me convenceu”, afirmou, recordando seu testemunho para o informativo norte-americano National Catholic Register.
Schwortz não desejava inicialmente participar no projeto por causa de seu ceticismo diante do fato religioso com o qual se relacionava. Uma frase de um católico especialista em imagens da NASA finalmente o motivou a aceitar, quando este lhe disse em tom alegre: “Não acreditas que Deus queira a um de seu povo eleito em nossa equipe?”.
A obra de arte impossível
Uma das descobertas que impressionou ao fotógrafo técnico é o arrojado por um instrumento de avaliação de raio X, que deu a cada ponto do Santo Sudário uma altura com respeito a sua intensidade de luzes e sombras. No lugar de um resultado borroso como o que surgiria de uma fotografia normal, o que se obteve foi um modelo em 3D de uma figura humana.
“A única maneira como isto pode suceder é através de alguma interação entre a tela e o corpo”, comentou. “Não pode ser projetado. Não é uma fotografia, as fotografias não tem esse tipo de informação, as obras de arte tão pouco”. A impossibilidade técnica descarta claramente a teoria de que o Santo Sudário tivesse sido elaborado na Idade Média por um falsificador e ainda hoje representa um desafio para os cientistas.
Este é um fato chamativo para Schwortz, já que “ainda não podemos resolvê-lo, na era mais orientada à imagem da história humana. O Sudário de Turim se converteu em um dos artefatos mais estudados da história humana, e a ciência moderna não tem uma explicação de como essas propriedades físicas e químicas podem ser obtidas”.
O desafio do Sudário
Para Schwortz, a eventual incredulidade de um espectador diante do Santo Sudário não tem origem na formação científica, mas no risco que um fato extraordinário supõem para a pessoa. “Se eles (os céticos) aceitam algo disto, suas crenças principais seriam desafiadas dramaticamente, e teriam que ir atrás e reconfigurar o que eles são e o que acreditam”, afirmou. “É muito mais fácil rejeitá-lo todo de plano e não preocupar-se por isso. Dessa forma não tem que confrontar suas crenças”.
Isto é precisamente o que sucedeu na vida de Schwortz, que apesar de não fazer-se cristão se recuperou a prática religiosa judia que havia abandonado. Este fato não evitou que se dedique abertamente a comunicar os encontros que o maravilharam. “Creio que sirvo a Deus melhor neste caminho, em minha relação com a Síndone, sendo a última pessoa no mundo que a gente esperaria que lhes falasse do que é, efetivamente, a relíquia cristã por excelência”, concluiu. “Creio que Deus em sua infinita sabedoria soube mais que eu, e me pôs ali por uma razão”. (GPE/EPC)
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