Religiosa Dominicana na Espanha recorda o valor do carisma da vida de clausura
Madri – Espanha (Quarta-feira, 05-08-2015, Gaudium Press) A religiosa dominicana Pilar Cano, do Convento de Nossa Senhora da Piedade em Torredonjimeno, Espanha, escreveu uma profunda reflexão sobre o carisma da vida contemplativa e sua contribuição na sociedade de hoje em contraste com a atividade política e outros campos de ação próprios dos leigos. Em sua carta aberta divulgada pela agência InfoCatólica, a ex Priora do Convento das Dominicanas da Mãe de Deus de Baena recorda a importância do testemunho silencioso e oculto daqueles que se consagraram por inteiro a Deus.
“A própria vocação de clausura indica que é uma forma de vida cristã radical”, explicou a religiosa, “que recorda que o importante para os batizados é o Reino de Deus e portanto, Jesus Cristo”. Segundo Sor María Pilar, a vocação à clausura recorda o valor do silêncio e como as diferentes partes do Corpo Místico de Cristo desempenham funções diversas. “A nossa consiste na escuta e na atenção, que hoje em dia são mais necessárias que nunca”, recordou; “para isso é necessária a vivência do silêncio e da vida oculta e discreta, que é o que vem buscando aqueles que acodem ao nosso redor, porque vem outra forma de vida diferente”.
A ex Priora recordou que o carisma próprio da Ordem dos Pregadores é “Contemplata aliis tradere”: “transmitir aos outros o que temos contemplado”, e que a vida de reserva e contemplação se compartilha com aqueles que visitam o mosteiro em busca de oração e consolo. “Estamos chamadas a falar de outros assuntos que pertencem ao âmbito dos leigos e seculares”, insistiu. Os desvios daquelas que se comprometeram com deus a cumprir este importante trabalho não só as prejudicam pessoalmente, mas ao resto do Corpo da Igreja, alertou.
“Por isso é tão importante que sempre façamos o que estamos chamados a ser, porque assim repercutirá para todo o corpo da Igreja; da mesma forma que se não realizamos o que estamos chamadas a ser e fazer, nos dispersamos, nos mundanizamos, nos alienamos, não somente nós, mas todo o corpo ao qual pertencemos”, indicou. A necessária reserva com respeito a outros assuntos alheios à vida religiosa ajuda as contemplativas a estar disponíveis ao serviço na oração para todos os que as necessitem, independentemente de sua origem ou ideologia, sendo as religiosas uma fonte de unidade, integração e acolhida. (GPE/EPC)
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