Filipinas: cresce número de jovens que deixam tudo e procuram a vida religiosa
Manila – Filipinas (Terça-feira, 21/07/2015, Gaudium Press) – Nos últimos meses tem-se registrado um número cada vez maior de pessoas, sobretudo de jovens profissionais, que iniciam a experiência de um caminho espiritual interior.
E daí tem surgido um número crescente de jovens que abandonam seus ofícios e procuram a “entrada num seminário, convento ou mosteiro”.
Quem afirma isso é Edwin Despabiladeras, coordenador vocacional do santuário nacional de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, situado em Baclaran, região de Metro Manila, nas Filipinas.
Coincidência ou não, o certo é que o fato começou a surgir após a viagem apostólica do Papa Francisco às Filipinas (em janeiro deste ano), quando um número crescente de jovens homens e mulheres tem procurado os centros vocacionais.
Entre as várias opções que estes jovens projetam para o futuro, destacam-se as do sacerdócio e da vida consagrada.
Segundo Edwin, “não se pode negar que a recente visita do Papa Francisco é a causa deste aumento inesperado do número de pessoas que desejam discernir a própria vocação”.
Porém, ele é cauteloso e afirma que embora o aumento de adesões seja um fato positivo, é preciso avaliar com atenção quais são as “verdadeiras vocações” em relação a uma escolha momentânea determinada muito provavelmente pelo sentimento:
“Aqueles que desejam percorrer um caminho vocacional participam de um mês inicial de busca e meditação interior. Depois disso, o que conta para nós é mais a qualidade do que a quantidade”, observa Edwin.
Padre Hernando Coronel, reitor do Seminário filipino de São Carlos, confirma as palavras do coordenador vocacional. Segundo ele, neste ano houve um aumento de 13% dos inscritos nos cursos de filosofia e teologia. “Estamos felizes com o fervor manifestado pelo povo e com o aumento das vocações. Agora, buscamos a perseverança e a qualidade do compromisso” dessas pessoas, afirma Padre Hernando.
Para o professor Irmão Nestor Limqueco, que é membro da Fraternidade leiga de São Domingos, a animação vocacional não é um trabalho exclusivo de poucos: Não podemos deixar o clero e os religiosos sozinhos nesta empreitada, porque “na qualidade de membros da Igreja” também os leigos “são chamados a ajudar” nesta tarefa, afirma Irmão Nestor.
Para ele, “Cada um de nós, em particular os pais e os professores, deve colaborar, motivando os jovens ao sacerdócio e à vida consagrada. ” (JSG)
Da Redação Gaudium Press, com informações FIDES.
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