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Francisco aponta lição da América para o Velho Continente

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 14/07/2015, Gaudium Press) – No encontro do Pontífice com os jornalistas, durante a viagem de retorno da última viagem do Papa à América do Sul, a população jovem e o crescimento demográfico foram usados por Francisco como indicadores para europeus que, nesse sentido, eles invertam a atual direção e não tenham medo da juventude.

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Papa com crianças na Amérca Latina
Foto: L’Osservatore Romano

Para o Papa, o Velho Continente, que perdeu o valor da juventude, que deixou de gerar filhos e fazer o futuro precisa de ajuda. E essa ajuda pode vir do povo e da Igreja da América Latina.

Francisco oferece a sua chave de leitura aos jornalistas através da Sua experiência vivida em solo latino-americano. E enaltece países como o Paraguai, citado pelo Pontífice, por ter acima de 70% da população com menos de 40 anos.

O Papa Francisco ficou maravilhado com tamanha participação do povo, de todas as idades, por todo lugar que passava o papamóvel ou celebrava uma missa.

Sobretudo, ele ficou impressionado com a quantidade de crianças vistas pelas ruas do Equador, Bolívia e Paraguai:

“Digo uma coisa que me surpreendeu muito. Em todos os três países, todos três, por longas ruas tinham pais e mães com as crianças; mostravam as crianças. Nunca vi tanta criança, tanta criança! É um povo -e também a Igreja é assim- que é uma lição para nós, para a Europa, onde a diminuição dos nascimentos assusta um pouco, e também as políticas para ajudar as famílias numerosas são poucas.”

O Santo Padre fez menção, então, a alguns países que sofrem com a baixa natalidade na Europa. E falou também da França, “que tem uma boa política para ajudar as famílias numerosas e chegou, eu acredito, a mais de 2% de nascimentos, enquanto outros estão próximos a zero”, disse.

As palavras do Papa vieram de encontro a um estudo divulgado em maio deste ano pelo Instituto de Economia Internacional de Hamburgo, em parceria com a consultoria BDO: a Alemanha tem a menor taxa de natalidade do mundo. E, analisando os países europeus, vem seguida por Portugal e pela própria Itália.

A pesquisa mostra que, nos últimos cinco anos, nasceram uma média de 8.2 crianças alemãs por mil habitantes, 9 portuguesas e 9.3 italianas por mil habitantes.

O Papa disse: “A riqueza desse povo e dessa Igreja é que se trata de uma Igreja viva. É uma riqueza, uma Igreja de vida. Isso é importante. Acredito que nós devemos aprender deles e corrigir, porque, ao contrário, se não vêm os filhos…

É isso que me impressiona muito sobre o ‘descarte’: descartam-se as crianças, descartam-se os idosos, com a falta de trabalho os jovens são descartados… Por isso os povos novos, os povos jovens nos dão mais força. Para a Igreja, que diria uma Igreja jovem -com seus tantos problemas, porque têm seus problemas- acredito que essa seja a mensagem que eu encontro: não ter medo dessa juventude e desse frescor da Igreja.” (JSG)

Da Redação da Gaudium Press, com informações Rádio Vaticana

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