Papa entrega Pálio a Arcebispos e lhes pede oração, fé e testemunho
Cidade do Vaticano – (Segunda-feira, 29/06/2015, Gaudium Press) – Com um brasileiro entre eles, cerca de 40 Arcebispos de vários países receberam o Pálio das mãos do Papa Francisco nessa manhã de segunda-feira, 29/06, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante a celebração das solenidades de São Pedro e São Paulo.
O brasileiro presente era o Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzi.
O Papa pediu aos Arcebispos Metropolitanos para eles “Ensinar a oração, orando; anunciar a fé, acreditando; testemunhar, vivendo! “
Pela primeira vez, o Pálio foi entregue e não colocado pelo pontífice.
A imposição propriamente dita da faixa de lã branca marcado com cruzes negras será feita pelo Núncio Apostólico, nas respectivas sedes das Arquidioceses de origem.
Foi explicado que essa alteração na cerimônia foi feita para que fosse dada maior realce à relação dos Arcebispos com a sua Igreja local e, assim, dar também a possibilidade a mais fiéis de estarem presentes neste rito.
Na homilia, durante a Santa Missa, Francisco comentou as leituras do dia, destacando a coragem dos Apóstolos e da primeira comunidade cristã para levar em frente a obra de evangelização, sem medo da morte nem do martírio.
Para o Papa isto foi um forte apelo à oração, à fé e ao testemunho.
“A comunidade de Pedro e Paulo ensina-nos que uma Igreja em oração é uma Igreja de pé, sólida, em caminho! “, disse o Papa que ainda continuou afirmando que, na verdade, um cristão que reza é um cristão protegido, mas sobretudo não está sozinho:
“Nenhuma comunidade cristã pode prosseguir sem o apoio da oração perseverante! A oração é o encontro com Deus, que jamais desilude. “
A primeira leitura de hoje refere-se ao aparecimento de um anjo que enche de luz a prisão de Pedro.
O Pontífice comentou: “Quantos anjos coloca Ele (Deus) no nosso caminho, mas nós, dominados pelo medo ou a incredulidade ou então pela euforia, deixamo-los fora da porta”.
Oração, Fé, Testemunho
Prosseguindo em seus comentários, Francisco afirmou que Deus não tira os seus filhos do mundo ou do mal, mas dá-lhes a força para vencê-los.
E falou das forças que tentaram -e ainda tentam- aniquilar a Igreja com inúmeras tempestades e com os nossos muitos pecados. Porém, a Igreja permanece viva e fecunda.
“Inexplicavelmente, permanece firme. ” “Na verdade, passaram reinos, povos, culturas, nações, ideologias, mas a Igreja, fundada sobre Cristo, permanece fiel ao depósito da fé, porque a Igreja não é dos Papas, dos Bispos, dos padres e nem mesmo dos fiéis; é só e unicamente de Cristo.”
Do testemunho dado por Pedro e Paulo o Papa tirou uma lição que vale sempre: “Uma Igreja ou um cristão sem testemunho é estéril; um morto que pensa estar vivo; uma árvore ressequida que não dá fruto; um poço seco que não dá água! A Igreja venceu o mal, através do testemunho corajoso, concreto e humilde dos seus filhos. “
E encerrou suas palavras com um apelo:
“Amados Arcebispos que hoje recebestes o pálio! Este é o sinal que representa a ovelha que o pastor carrega aos seus ombros como Cristo, Bom Pastor”.
“A Igreja quer-vos homens de oração, mestres de oração”: que ensinam ao povo que a libertação de todas as prisões é apenas obra de Deus e fruto da oração; que Deus, no momento oportuno, envia o seu anjo para nos salvar das muitas escravidões e das inúmeras cadeias mundanas. “E sede vós também, para os mais necessitados, anjos e mensageiros da caridade!”
“A Igreja quer-vos homens de fé, mestres de fé: que ensinem os fiéis a não terem medo de tantos Herodes que afligem com perseguições, com cruzes de todo o gênero. Nenhum Herodes é capaz de apagar a luz da esperança daquele que crê em Cristo!”
“A Igreja quer-vos homens de testemunho: Não há testemunho sem uma vida coerente! Hoje sente-se necessidade não tanto de mestres, mas de testemunhas corajosas, que não se envergonham do Nome de Cristo e da sua Cruz perante as potências deste mundo.”
O motivo é muito simples, disse Francisco: “O testemunho mais eficaz e mais autêntico é aquele que não contradiz, com o comportamento e a vida, aquilo que se prega com a palavra. Ensinar a oração, orando; anunciar a fé, acreditando; testemunhar, vivendo!” (JSG)
Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano.
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