Igreja nos EUA começa nova Quinzena pela Liberdade Religiosa
Baltimore – Estados Unidos (Terça-feira, 23-06-2015, Gaudium Press) O Presidente do Comitê Ad Hoc para a Liberdade Religiosa da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, Dom William Lori, foi o encarregado de celebrar a Missa solene com a qual se deu início a quarta Quinzena pela Liberdade nos Estados Unidos. Esta iniciativa dos Bispos busca criar consciência no país sobre os direitos dos crentes e sua liberdade para professar e praticar abertamente sua Fé em todas as dimensões de sua vida. “Uma coisa é que os outros estejam em desacordo com a doutrina da Igreja, mas é outra distinta discriminar contra os direitos dos crentes de praticar nossa Fé, não só de palavra mas na forma como conduzimos nossa vida diária, ministérios e negócios”, declarou o prelado em sua homilia.
Dom Lori associou o início desta campanha de quinze dias de oração, ação e reflexão com o testemunho dos cristãos perseguidos em vários países do mundo, que deram suas vidas recentemente pela sua fidelidade à Fé cristã. “Os católicos americanos não sofrem as mesmas ameaças”, esclareceu o Arcebispo, “mas estamos na mesma barca”. O prelado recordou a fortaleza destes crentes e sua valentia de pôr em risco sua vida e seu bem estar para manter sua Fé. “Deveríamos inspirar-nos em sua coragem e renovar nossa decisão de não deixar comprometer a liberdade religiosa em nosso país paulatinamente até que desapareça de nossa sociedade”.
O tema da Quinzena pela Liberdade é “Liberdade para dar testemunho”, e contribui a denunciar as normas civis que fazem difícil a prática da Fé e a moral católicas em matérias tão sensíveis como o aborto, os anticonceptivos e a dignidade humana. “As instituições religiosas nos Estados Unidos estão em perigo de perder sua liberdade para contratar para sua missão e sua liberdade para defender a família”, denunciou Dom Lori. “Está em perigo a liberdade dos ministérios eclesiásticos para oferecer benefícios aos seus empregados e prover adoções e serviços a refugiados de acordo com a doutrina da Igreja sobre Fé e moral”.
A principal fonte de pressão aos católicos neste sentido continua sendo o polêmico “mandato antinatalista” do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, o qual pretende obrigar aos empregadores a oferecer cobertura de saúde que inclua remédios abortivos, esterilização e anticonceptivos, cuja estreita margem de exceções não pode ser modificada de maneira que garanta a liberdade dos crentes de objetar ditos produtos e serviço imorais. A Igreja ganhou nas Cortes medidas cautelares e sentenças de grande importância, mas ainda não pode reverter esta política, que inspirou a criação das Quinzenas pela Liberdade.
A Missa de abertura da Quinzena pela Liberdade, que se estenderá até o dia 04 de junho, presidida pelo Cardeal Edwin F. O’Brien, Grão-Mestre da ordem equestre do Santo Sepulcro e Arcebispo emérito de Baltimore e concelebrada por Dom William Lori, Arcebispo de Baltimore, Dom Denis J. Madden, Bispo Auxiliar e um grupo de sacerdotes. A Quinzena pela Liberdade concluirá em uma Missa solene na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição em Washington. (GPE/EPC)
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