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"A alegria da ternura de Deus não conhece limites", diz o Bispo de Uruguaiana

Uruguaiana – Rio Grande do Sul (Quarta-Feira, 10/06/2015, Gaudium Press) “O rosto da misericórdia” é o título do mais recente artigo de Dom Aloísio Dilli, Bispo da Diocese de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Ele afirma que, em abril passado, o Papa Francisco anunciou um jubileu extraordinário, com a bula Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia), sobre a qual refletiremos nesta mensagem.

Segundo o Prelado, este Ano Santo será aberto em 8 de dezembro de 2015, data do cinquentenário do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, e se estenderá até a solenidade de Cristo Rei do Universo, em novembro de 2016. Para o Pontífice, a fé cristã encontra sua síntese ao proclamar que Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai: “Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré” (n. 1).

Ainda conforme o Bispo, na vida de Jesus tudo fala de misericórdia, e este é o caminho que une Deus e a pessoa humana e ninguém pode colocar limite a este amor divino que perdoa, pois sua misericórdia sempre é maior que qualquer pecadom a misericórdia é a palavra-chave para indicar o agir de Deus conosco. Por isso afirma o Papa: “Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas levando-lhes a bondade e a ternura de Deus. A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós” (n. 5).

Além disso, Dom Dilli salienta que este modo de agir de Deus torna-se critério para conhecer os seus verdadeiros filhos, pois estes foram alvos de sua misericórdia. Ele destaca que Jesus colocou a misericórdia como um ideal de vida, e mais, como critério de credibilidade para a nossa fé: “Tal como Ele é misericordioso, assim somos chamados também a sermos misericordiosos uns com os outros” (n. 9).

O Prelado ressalta, portanto, que a credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo, tanto em seu anúncio como em seu testemunho que deseja oferecer ao mundo. Neste sentido o Papa chega a afirmar: “Onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai… onde houver cristãos, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia” (n. 12). Por isso, o lema do Ano Santo reza: “Misericordiosos como o Pai” (n. 14).

Outro aspecto mencionado pelo Bispo é que a bula papal lembra que é preciso estar sensível às feridas das variadas periferias existenciais, a fim de aliviá-las com o óleo da consolação e enfaixá-las com a misericórdia: “Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade… Que seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença” (n. 15).

“O Sumo Pontífice recomenda ainda a busca do sacramento da reconciliação para voltar ao Senhor e experimentar a grandeza da sua misericórdia. Os próprios confessores, responsáveis pela administração do perdão, se tornam verdadeiro sinal da misericórdia do Pai quando eles mesmos também se tornam penitentes. Tornem-se anunciadores da alegria do perdão, inclusive para quem pertence a grupos criminosos ou de corrupção. Enfim, o Ano Santo será momento favorável para mudança de vida”, lembra Dom Dilli.

Por fim, o Prelado reforça que o Jubileu traz consigo também a graça das indulgências, pois o perdão de Deus não conhece limites para as nossas culpas e deseja libertar-nos de qualquer resíduo das consequências do pecado: “Viver a indulgência no Ano Santo significa aproximar-se da misericórdia do Pai, com a certeza de que o seu perdão cobre toda a vida do crente. A indulgência é experimentar a santidade da Igreja que participa em todos os benefícios da redenção de Cristo” (n. 22).

“Que Maria, Mãe da misericórdia, nos acompanhe neste Ano Santo com a doçura de seu olhar para podermos todos redescobrir a alegria da ternura de Deus, que não conhece limites”, conclui. (FB)

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