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A gruta da confiança

Redação – (Sexta-feira, 05/06/2015, Gaudium Press) – Quem visita o norte da Espanha fica extasiado com uma região especialmente atraente da Cordilheira Cantábrica: os Picos de Europa. Densos bosques, lagos de espelho, espetaculares formações rochosas e montes elevadíssimos, alguns até nevados, compõem um paradisíaco cenário que propicia a contemplação e, ao mesmo tempo, convida à aventura, já que seus impressionantes desfiladeiros podem ser uma grande surpresa ao viajante desprevenido. Incrustado naquelas montanhas, na província de Astúrias, se encontra o povoado de Covadonga, um dos mais encantadores tesouros destas terras ibéricas.Basílica-de-Santa-Maria-a-Real.jpg

O ponto auge da vila é a imponente Basílica de Santa Maria a Real. Semelhante a uma fortaleza, suas torres se erguem sobranceiras, como se quisessem desafiar as rochas e o céu que a circundam. Simples em seu estilo neorromânico, mas majestosa e sólida, com sua coloração ligeiramente rósea parece acolher o peregrino que se aproxima, recordando a afabilidade de Nossa Senhora, que está sempre disposta a auxiliar os que a Ela recorrem.

No entanto, não é no interior da Basílica que se encontra a imagem cuja invocação dá nome ao lugar, mas sim numa recôndita gruta contígua. Em frente ao templo nasce uma calçada de pedra, que se une ao longo corredor que conduz à gruta. E ali, em um reduzido espaço no qual mal cabem 50 pessoas, pode-se venerar La Santina.

Coroada como Rainha dos Céus, Ela porta um belo manto bordado que lhe chega aos pés. Com uma das mãos Santa-Maria-a-real.jpgsegura uma rosa de ouro, como um cetro de bondade, e com a outra carrega o Menino Jesus. Voltado para a Mãe, Ele parece puxar-Lhe o vestido, como um filho que anseia pedir algo. Que desejo haveria em seu Sagrado Coração que só Ela pudesse satisfazer? Nossa Senhora já sabe, sem dúvida, o que pede seu Divino Filho, que Se encarnou para o perdão dos pecados dos homens. Por isso, sem Se fixar n’Ele, olha para a frente, cruzando o olhar com o devoto que, a seus pés, faz uma tímida oração. Atendendo o desejo de Jesus, oferece àquele fiel sua misericórdia, convidando-o a depositar em suas mãos todas as penas e dificuldades da vida, pois não é em vão que Ela carrega nos braços o Onipotente.

Se Cristo se entrega a Maria com total confiança e abandono, nós, que nada podemos, devemos imitá-Lo, colocando-nos inteiramente nas mãos de sua Mãe, que também é nossa. Por mais misérias que sintamos em nós, não deixemos de recorrer à Santíssima Virgem, para que Ela nos ajude a combater nossos defeitos e a lutar contra as tentações que possam nos assaltar, e nunca nos afastemos de Nosso Senhor Jesus Cristo, na fidelidade plena à sua Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Por Ir. Adriana Maria Sánchez García, EP

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