Capelão escolar nos EUA adverte contra “jogo” que motiva invocação de espíritos
Filadélfia – Estados Unidos (Quinta-feira, 28-05-2015, Gaudium Press) O que para os não crentes pode parecer um jogo inofensivo promovido ativamente nas redes sociais, motiva grandes preocupações para os católicos. Trata-se de uma tendência nas redes sociais chamada #CharlieCharlieChallenge (Desafio Charlie Charlie), que motiva a obter respostas a perguntas através de uma invocação de um espírito.
“Há um jogo perigoso circulando nas redes sociais que abertamente induz a jovens a invocar demônios”, advertiu em uma carta aberta o Padre Stephen McCarthy aos estudantes de duas escolas católicas da Arquidiocese da Filadélfia reproduzida pela National Catholic Register. “Quero recordar-lhes que não existe tal coisa como ‘jogar inocentemente com demônios'”.
A perigosa prática, que promove um método de adivinhação através de perguntas diretas a uma entidade demoníaca apelidado “Charlie”, que para os meios de comunicação é uma superstição inócua ou um jogo para aqueles que não se assustam facilmente. “O problema com abrir-se a atividade demoníaca é que abre-se uma janela de possibilidades que não se fecha com facilidade”, alertou o presbítero.
De fato, a mais popular história de ficção sobre exorcismo, “O Exorcista” de William Peter Blatty, indica a causa da possessão relatada em uma invocação através da chamada Tábua Ouija a um espírito que portava o supostamente inocente nome do Capitão Howdy. Esta descrição se aproxima da realidade de numerosos casos de possessão ou de pertubação demoníaca originados em práticas de bruxaria, adivinhação e invocação segundo reconhecidos exorcistas como o Padre Gabriele Amorth ou o Padre José Antonio Fortea.
O Catecismo da Igreja Católica adverte claramente em seu número 2116 sobre a maldade de qualquer prática como a promovida pelo pretendido desafio: “Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: o recurso a Satã ou aos demônios, a evocação dos mortos, e outras práticas que equivocadamente se supõem ‘revelam’ o porvir (cf Dt 18, 10; Jr 29, 8)”. Em seu lugar, “a atitude cristã justa consiste em entregar-se com confiança nas mãos de providência no que se refere ao futuro e em abandonar toda curiosidade doentia a respeito”. (GPE/EPC)
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