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"Quanto mais alguém se relaciona, mais pessoa é", diz o Arcebispo de Porto Alegre

Porto Alegre – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 18/05/2015, Gaudium Press) O título do mais recente artigo de Dom Dadeus Grings, Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é “A Boa Nova da família”. Na reflexão, ele afirma que a Igreja tem um modelo próprio de família e a proclama como boa nova para a humanidade.

Segundo o Prelado, a Igreja o faz por duas razões: primeiro, porque se trata de uma obra de Deus, pois o ser humano não foi criado por Deus como indivíduo, mas como casal: criou-o homem e mulher, declarando não ser bom o homem viver só; segundo, porque a família é fonte de graças e de vida e está baseada num sacramento, sinal eficaz e permanente das graças divinas, não só para garantir sua unidade e indissolubilidade, mas também para proporcionar felicidade a seus membros e amparar a vida que nela se gera.

“Podemos resumir esta boa nova no amor. Envolve aconchego, carinho e convivência. Vem por isso definida como Igreja doméstica. S. João garante que quem ama conhece Deus, o que equivale a dizer que faz uma experiência de Deus e, consequentemente, tem junto de si, uma presença contínua para o amparo, o incentivo e a felicidade”, completa.

Ele ainda reforçou que Jesus prometeu que estará presente onde dois ou mais estiverem reunidos em seu nome e, por isso, antes de instaurarem sua convivência matrimonial, que se deseja estável e consistente, o casal cristão vai à Igreja para buscar esta presença inefável e carinhosa.

Para o Arcebispo, a boa nova da família se concretiza no relacionamento familiar. Ele salienta que o ser humano não é indivíduo, mas família, retratando e concretizando quatro relações fundamentais, simbolizando o mistério da SS. Trindade: conjugal, paterna, filial e fraterna, concretizadas nas pessoas queridas dos esposos, dos pais, dos filhos e dos irmãos.

“É neste aconchego que a vida humana se desenvolve e realiza. Pessoa quer dizer relação. Quanto mais alguém se relaciona, mais pessoa é e, inversamente, quanto mais se fecha sobre si mesmo, mais indivíduo e menos pessoa se torna.”

Além disso, Dom Dadeus afirma que a Igreja proclama a boa nova da família. O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, garantiu que o futuro da humanidade passa pela família. Conforme o Prelado, trata-se do modelo da família que a Igreja propõe, baseada na Revelação divina e, por isso, o Papa Bento XVI declarou este modelo de família patrimônio da humanidade, significando que deve se investir nela para preservá-la e promovê-la.

Por fim, o Arcebispo enfatiza que a promoção da família envolve quatro atitudes básicas: primeiro é preciso amá-la, pois é o que temos de mais precioso em nossa vida; segundo, o dever de anunciar esta boa nova à humanidade como modo sublime de convivência e de realização humana; terceiro, a preparação para ela, para que produza os devidos frutos de convivência e de fecundidade; quarto, o amparo às famílias em crise, para que recuperem seu ideal original e voltem ao primeiro amor, realizem seu primeiro sonho em toda a sua profundidade e se relacionem de modo cada vez mais profundo e amoroso, no plano do amor conjugal, da paternidade responsável e da fraternidade acolhedora. (FB)

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