Igreja portuguesa lembrará na Semana das Migrações vítimas de acidentes rodoviários

Portugal (Quinta, 06-08-2009, Gaudium Press) A Igreja Católica em Portugual anunciou hoje que homenageará os portugueses vítimas de recentes acidentes estradais. Segundo a Conferência Episcopal Portuguesa e a Agência Ecclesia, mortos serão lembrados em Fátima, na semana dos migrantes, de 9 a 16 de agosto.

Na última semana, pelos menos dois acidentes rodoviários vitimaram um total de 5 pessoas e deixaram 19 feridos. Os mortos eram cidadãos portugueses moradores em outros países da Europa, como França e Espanha, que se dirigiam para passar férias em seu país de origem.

Uma homenagem às vítimas será feita na semana das migrações, que a Igreja celebrará de 9 a 16 de agosto em Fátima, especialmente durante a tradicional peregrinação do emigrante do próximo dia 13.

Em declarações à Agência Ecclesia o diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), frei Francisco Sales Diniz, comentou a série de acidentes. “É um drama muito grande e estamos solidários com todos os nossos emigrantes”, afirma, considerando “dramático” que esta expectativa de regresso acabe em tragédia.

O último caso aconteceu nesta terça-feira, quando um acidente envolvendo uma van com placa de Portugal ocorrido na madrugada em Saugnacq-et-Muret, na região francesa de Landes, próximo de Bordéus, provocou um morto e 19 feridos, dois dos quais graves. O veículo seguia para o Porto, vindo de Estugarda, na Alemanha.

Dias antes, cinco pessoas morreram em um rodovia de Limoges (quatro cidadãos portugueses e um holandês), na França, em um acidente que deixou ainda quatro feridos, um dos quais em estado grave.

“É uma situação muito complicada, porque milhões de portugueses estão espalhados pela Europa e muitos deles vivem na expectativa de vir a Portugal, de ano a ano, matar as saudades da terra e da família”, indica este responsável.

Frei Sales Diniz pediu cuidado e atenção a todos os que se deslocam pelo continente percorrendo longas distâncias.

“É preciso ter em conta os perigos”, afirmou. Ele disse ser necessária “muita prudência” não só aos que ainda estão por chegar, mas também àqueles que irão empreender a viagem de volta aos países onde trabalham.