"O trabalho é a possibilidade de nossa realização", diz o Bispo de Cornélio Procópio
Cornélio Procópio – Paraná (Quinta-Feira, 30/04/2015, Gaudium Press) Dom Manoel João Francisco, Bispo da Diocese de Cornélio Procópio, no Estado do Paraná, diz em um artigo que Na tradição dos católicos o mês de maio tem tudo a ver com Nossa Senhora, mas maio também lembra o trabalho e o trabalhador.
“Como tudo o que é verdadeiramente humano ressoa no coração dos cristãos, a Igreja em 1955, assumiu os ideais do Dia do Trabalhador e instituiu a festa de São José Operário, como festa da consagração cristã do trabalho”, completa.
Além disso, Dom Manoel afirma que na concepção cristã o trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência humana, pois é uma das características que distinguem o ser humano das demais criaturas. Ele recorda que somente o ser humano tem capacidade para o trabalho e somente ele o realiza, preenchendo ao mesmo tempo sua existência sobre a terra.
“O trabalho é a possibilidade de nossa realização, de nossa transformação. É mais que ganha pão, é maturação de nossa pessoa. Pelo trabalho, o ser humano dá continuidade à criação iniciada por Deus. Além disso, Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, passou a maior parte dos anos de sua vida na terra, junto de um banco de carpinteiro, dedicando-se ao trabalho manual”, avalia.
Para o Bispo, este fato faz-nos compreender que o valor e a dignidade do trabalho humano não dependem do tipo de trabalho que se realiza, mas do fato de ser executado por uma pessoa. Segundo ele, o trabalho é direito fundamental e bem essencial para o ser humano, pois através dele o “homem não somente transforma a natureza, adaptando-a às suas próprias necessidades, mas também se realiza a si mesmo como homem e até, em certo sentido, se torna mais homem” (Laborem exercens, 9).
Por isso, Dom Manoel ressalta que a ninguém pode ser negado o direito de trabalhar e nem de ser desprezado pelo trabalho que realiza. O Papa Francisco em seu discurso aos participantes do encontro mundial dos movimentos populares afirmou com toda clareza: “Não existe pior pobreza material – faço questão de frisar – do que aquela que não permite ganhar o pão e priva da dignidade do trabalho”.
“Compete ao Estado, através de políticas públicas, assegurar que o direito ao trabalho seja cumprido dentro dos parâmetros da ética e do respeito à dignidade humana”, conclui. (FB)
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