"A Igreja não comunica a si mesma, mas o Evangelho", diz o Bispo de Erechim
Erechim – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 30/04/2015, Gaudium Press) Com o tema “Evangelizar a partir de Jesus Cristo”, Dom José Gislon, Bispo da Diocese de Erechim, no Rio Grande do Sul, refletiu em seu mais recente artigo sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, para o quadriênio 2015-2019, aprovadas durante a 53ª Assembléia Geral, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida (SP), de 15 a 24 de abril de 2015.
Conforme o Prelado, as diretrizes procuram dar continuidade a um processo de aplicação do Documento de Aparecida, mas enriquecidas pela exortação apostólica do Papa Francisco, Evangelli Gaudium, A Alegria do Evangelho. Ele explica que com as novas Diretrizes a Igreja quer continuar fortalecendo sua ação evangelizadora, através da ação pastoral marcada por um renovado empenho missionário.
Ainda segundo o Bispo, a Igreja vive de Cristo, e por isso Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja é e de tudo o que ela crê (DV, n.8). Ele afirma que em sua missão evangelizadora, a Igreja está a serviço do Reino de Deus e, portanto, não comunica a si mesma, mas o Evangelho, a palavra e a presença transformadora de Jesus Cristo, na realidade em que se encontra.
“Neste processo de evangelização, os batizados precisam também percorrer um caminho de iniciação cristã, de crescimento na fé, para fazerem a experiência do encontro transformador com Jesus Cristo. Do encontro e da comunhão com o Mestre Jesus, nasce, alimenta-se e se fortalece a vida de fé do discípulo e missionário do Reino”, acrescenta.
Também salienta que, imbuídos de atitudes de gratuidade que expressam e manifestam o Amor de Jesus pela humanidade, os discípulos missionários promovem justiça, paz, reconciliação e fraternidade. Desse modo, de acordo com Dom Gislon, oferecem à sociedade atual o testemunho de perdão e da reconciliação; são promotores e semeadores da paz, num contexto de crescente violência, que agride as nossas famílias e aflige a nossa sociedade.
Para concluir, o Prelado destaca que a reconciliação, que busca implantar e desenvolver uma cultura da paz, pode tornar possível a superação de toda divisão que nos afasta de Deus e nos separa uns dos outros. Ele enfatiza que diante de graves situações que fazem os irmãos sofrerem, os discípulos se enchem de compaixão, clamam por justiça e paz e sabem que só se vence o mal com o bem.
“Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela” (EG n. 183).
Deixe seu comentário