Dom Odilo: “a Igreja existe para a missão, para evangelizar”
São Paulo (Segunda-feira, 27-04-2015, Gaudium Press) Em artigo, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, comenta a realização da sua 53ª. Assembleia Geral dos Bispos, em Aparecida, onde foram aprovadas as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para os próximos quatro anos.
O purpurado explicou que “a própria Assembleia Geral quis que não fossem Diretrizes inteiramente novas, mas uma atualização daquelas que já estavam valendo para os anos 2011 a 2015”.
Dom Odilo disse que todo o processo de elaboração das Diretrizes já estava previsto na CNBB, uma vez que depois de feita a avaliação do quadriênio, uma Comissão será encarregada a apresentar um projeto com base nas ideias debatidas na assembleia.
“As Diretrizes agora aprovadas mantêm suas referências no grande horizonte das Conclusões da Conferência de Aparecida. Ainda há muito estímulo e orientação daquela grande Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe a serem assumidas e levadas à prática, para dinamizar a evangelização no Brasil. A meu ver, trata-se, sobretudo, da sólida fundamentação cristológica da vida e da ação eclesial e da conversão missionária de toda a Igreja.”
Contudo, o Arcebispo advertiu que caso não estejamos totalmente voltados para Cristo para, a partir dele, fazer a ação própria da Igreja no mundo acontecer de fato, “corremos o risco de desvirtuar o trabalho da Igreja, de perder a força sobrenatural que anima a vida da Igreja e de contar apenas com projetos humanos, como em qualquer outra iniciativa humana”, pois “a Igreja tem sua razão de ser em Jesus Cristo, em sua missão e em sua força salvadora”.
Além disso, “a Igreja existe para a missão, para evangelizar”, e sendo assim, não pode se preocupar apenas com sua “sobrevivência” ou preservação. “Ela precisa colocar-se em estado permanente de missão e ser ‘uma Igreja em saída’, como ouvimos do Papa Francisco”, completou.
“Na Igreja, tudo tem um objetivo missionário, mesmo quando se trata de defender e alimentar a Fé daqueles que já creem e participam da vida eclesial. A Igreja não pode fechar-se em si mesma, mas precisa ter sempre diante de si o horizonte missionário”, ressaltou.
No final do artigo, Dom Odilo retoma ao assunto das Diretrizes da ação evangelizadora no Brasil, que “oferecem linhas-mestras que as dioceses e as organizações pastorais poderão seguir no seu próprio planejamento pastoral”, e que “requerem, portanto, a reflexão e a assimilação para cada realidade eclesial específica do nosso País”.
“Com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida e as bênçãos de Deus, elas haverão de produzir muitos frutos”, concluiu. (LMI)
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