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Retiro espiritual é realizado na Assembleia dos Bispos da CNBB

Aparecida – São Paulo (Segunda-feira, 20-04-2015, Gaudium Press) No retiro dos bispos, em meio a programação da 53ª Assemblei Geral da CNBB, em Aparecida, neste domingo, 19, teve como temática abordada “O múnus episcopal à luz do Vaticano II”.Dom Geraldo.jpg

Conduzido pelo arcebispo de Mariana, em Minas Gerais, Dom Geraldo Lyrio Rocha, os assuntos comentados com os presentes foram a missão de governar e a vocação à santidade.

Dom Geraldo afirmou que “os bispos governam as igrejas particulares que lhes foram confiadas como vigários e legados de Cristo, por meio de conselhos, persuasões, exemplos, mas também com autoridade e poder sagrado, que exercem unicamente para edificar o próprio rebanho na verdade e na santidade, lembrados de que aquele que é maior se deve fazer como o menor, e o que preside como aquele que serve”.

Logo depois, comentou com os bispos a questão da simplicidade, sendo essa uma outra lição a ser lembrada pela Igreja. “Às vezes, perdemos aqueles que não nos entendem, porque desaprendemos a simplicidade, inclusive importando de fora uma racionalidade alheia ao nosso povo. Sem a gramática da simplicidade, a Igreja se priva das condições que tornam possível ‘pescar’ Deus nas águas profundas do seu Mistério.”

Com base em uma análise feita ao episódio de Emaús no Evangelho, o arcebispo destacou que atualmente existem “não apenas aqueles que buscam respostas nos novos e difusos grupos religiosos, mas também aqueles que parecem já viver sem Deus tanto em teoria como na prática”, uma vez que “faz falta uma Igreja que não tenha medo de entrar na noite deles (…) capaz de encontrá-los no seu caminho”.

Além disso, a Igreja tem a necessidade de dialogar “com aqueles discípulos, que, fugindo de Jerusalém, vagam sem meta, sozinhos, com o seu próprio desencanto, com a desilusão de um cristianismo considerado hoje um terreno estéril, infecundo, incapaz de gerar sentido”.

O arcebispo de Mariana não deixou de falar também da vocação à santidade: “a santidade do bispo terá de ser sempre vivida com o povo e para o povo, numa comunhão que se torne estímulo e mútua edificação na caridade”, ressaltou.

No tempo atual marcado pelo “fazer por fazer”, prosseguiu, o bispo deve ser o primeiro a mostrar que é preciso restabelecer o primado do “ser” sobre o “fazer”.

Finalizando seu discurso, Dom Geraldo solicitou aos bispos para que “desempenhem o próprio ministério santamente e com alegria, com humildade e fortaleza” e para que, ao realizarem a tarefa da caridade pastoral, “suscitem na Igreja, também com o seu exemplo, uma santidade cada vez maior”. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações CNBB

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