Arcebispo de Maringá: "Para Deus não existe pecado que não tenha perdão"
Maringá – Paraná (Terça-Feira, 24/03/2015, Gaudium Press) “Sacramento da Misericórdia” é o título do artigo de Dom Anuar Battisti, Arcebispo de Maringá, no Paraná, em que ele afirma que estamos vivendo o tempo litúrgico da Quaresma, em que continuamente soam em nossos ouvidos o chamado a um caminho cada vez mais concreto de conversão.
Segundo o Prelado, essa conversão consiste em mudança, transformação, vida diferente, marcada por um coração capaz de amar sem medida. Ele salienta que para tomar consciência do que realmente precisa mudar, temos a oportunidade de celebrar a confissão pessoal das nossas faltas.
Dom Battisti cita ainda que, na semana passada, o Papa Francisco disse: “A confissão não deve ser uma tortura ou um interrogatório pesado, mas um encontro libertador que manifesta a misericórdia infinita de Deus. Não esqueçamos nunca, tanto como penitentes que como confessores: não existe pecado algum que Deus não possa perdoar! Nenhum! Só o que é subtraído à divina misericórdia não pode ser perdoado, como quem se subtrai do sol não pode ser iluminado nem aquecido”.
Para o Arcebispo, à luz deste maravilhoso dom de Deus o Papa salientou três exigências: viver o sacramento como meio para educar à misericórdia; deixar-se educar por aquilo que celebramos; e manter o olhar sobrenatural.
“Viver o sacramento como meio para educar à misericórdia, significa ajudar os nossos irmãos a fazer experiência de paz e compreensão humana e cristã, reiterando que a Confissão não deve ser uma ‘tortura’, mas que todos deveriam deixar o confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança, embora por vezes também molhado pelas lágrimas da conversão e da alegria que dela deriva”, completa.
Outra questão mencionada pelo Prelado é que ao recordar a exigência de se deixar educar por aquilo que celebramos, o Pontífice, dirigindo-se aos confessores, convidou-os a se deixarem educar pelo Sacramento da Reconciliação, pois por vezes acontece de ouvir confissões que nos edificam, irmãos e irmãs que vivem uma autêntica comunhão pessoal e eclesial com o Senhor e um amor sincero para com os irmãos; almas simples, almas de pobres em espírito, que se abandonam totalmente ao Senhor.
Francisco também acrescentou: “Quanto podemos aprender da conversão e do arrependimento dos nossos irmãos! Eles nos encorajam a fazer também nós um exame de consciência: eu, sacerdote, amo assim o Senhor, que me fez ministro da sua misericórdia? Eu, confessor, estou dispostos para a mudança, a conversão, como este penitente, ao serviço do qual fui chamado?”
“Todos nós fomos constituídos ministros da reconciliação por pura graça de Deus, gratuitamente e por o amor, ou melhor, precisamente por misericórdia. Ele afirma que somos ministros da misericórdia graças à misericórdia de Deus; nunca devemos perder este olhar sobrenatural, que nos torna realmente humildes, acolhedores e misericordiosos para com cada irmão e irmã que pede para se confessar.”
Dom Battisti afirma que no sacramento da confissão ou penitência, tanto um como outro, somos beneficiados pela graça misericordiosa de Deus, através do sinal sacramental que é a confissão. Conforme ele, não existe melhor estado de espírito do que sentir-se perdoado, pois para Deus não existe pecado que não tenha perdão. O Arcebispo ainda recorda uma bela expressão do Papa: “Deus nunca se cansa de perdoar, mas nós nos cansamos de pedir perdão”.
Ao concluir, o Prelado destaca que por isso Francisco anunciou o “Ano Santo extraordinário da Misericordia”, de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. “Anunciar ao mundo que a misericórdia de Deus é o caminho da paz e da harmonia. Que Deus te abençoe. Uma abençoada semana para você e sua família”, finaliza. (FB)
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