Orquestra Sinfônica e Coro da JMJ de Madri apresentarão “As Sete Moradas de Santa Teresa”
Madri – Espanha (Sexta-feira, 20-03-2015, Gaudium Press) Uma das mais famosas obras escritas de Santa Teresa de Jesus receberá em breve uma homenagem Musical. A Orquestra Sinfônica e Coro da JMJ de Madri preparam um sentido tributo à escritora, mística e doutora da Igreja por ocasião do V Centenário de seu Nascimento que se comemora neste ano de 2015.
Trata-se da Obra “As sete moradas de Santa Teresa”, inspirado no último livro que ela escreveu e que é catalogado como um dos auges da mística cristã e da prosa espanhola do Século de Ouro. Sua adaptação musical se apresentará pela primeira vez no próximo dia 07 de abril às 19h no Auditório Nacional Musical da capital espanhola.
A Orquestra e o Coro estarão sob a direção de Borja Quintas e Mariana Makhmoutova, com a participação especial do violinista Jaime Maceira Naya.
O programa estará constituído por duas partes: a primeira por C. Saint-Saëns (1835-1921) e a Introdução e Rondó Caprichoso para Violino, op. 28; além disso se interpretarão a Sinfonia 8, “A Inconclusa”, Allegro moderato e Andante.
A segunda parte começará com W. A. Mozart (1756-1791) e Veni Sancte Spiritus, seguida de Kuzma Bodrov (1980) – Carlos Criado (1977) com a interpretação de “As 7 Moradas de Santa Teresa de Jesus”: Castillo de Diamante, A guerra que dá o demônio, Convêm andar com temor, Dilataste cor meum, Aquela alma fixa em Deus, Oh, valha-me Deus! Como apertais aos vossos amantes.
A Orquestra Sinfônica e Coro da JMJ nasceram no ano de 2011 por ocasião da Jornada Mundial da Juventude que se celebrou em Madri. Está constituída como uma associação sem fins lucrativos e composta por mais de 150 músicos e mais de 180 cantores procedentes de toda a Espanha.
As Moradas
O livro “As Moradas” ou “Castelo Interior”, o começou a escrever Teresa de Jesus no dia da Santíssima Trindade de 1577, quando a santa tinha 62 anos e se encontrava em Toledo, terminando-o no Convento de Ávila. A obra -escrita originalmente para guiar a vida espiritual das religiosas do Carmelo- descreve de maneira detalhada quais são os graus de vida espiritual, começando desde a ascética até a mística, e comparando estes graus com as moradas ao interior de um castelo, no qual habita um Grande Rei.
“Consideremos que este castelo tem muitas moradas, umas no alto, outras embaixo, outras aos lados; e no centro e metade de todas estas tem a principal, que é onde passam as coisas mais secretas entre Deus e a alma. É necessário que vá advertidas a esta comparação. Quem sabe será Deus servido possa por ela dar-vos algo a entender das mercês que é Deus servido fazer às almas e as diferenças que existem nelas, até onde eu tiver entendido que é possível; que todas será impossível entendê-las, são muitas, quanto mais quem é tão ruim como eu; porque os será grande consolo, quando o Senhor os fizer, saber que é possível; e a quem não, para louvar sua grande bondade; que assim como não nos faz dano considerar as coisas que há no céu e o que gozam os bem-aventurados, antes nos alegramos e procuramos alcançar o que eles gozam, tampouco nos fará ver que é possível neste desterro comunicar-se um tão grande Deus com uns vermes tão cheios de mal odor; e amar uma bondade tão boa e uma misericórdia tão sem taxa”, escreve a Santa no Primeiro Capítulo de sua obra. (GPE/EPC)
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