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Dom Gänswein fala sobre o Papa emérito

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 20-03-2015, Gaudium Press) Em entrevista a um semanário italiano, Dom George Gänswein, secretário pessoal do Papa emérito, falou sobre o dia a dia de Bento XVI e algumas particularidades de sua vida orante de retiro.Dom Gänswein fala sobre o Papa emérito.jpg

O Papa emérito “tem ótima memória”, disse o Arcebispo, que e também prefeito da Casa Pontifícia. Dom Gänswein conta que todas as tardes Bento XVI passeia nos Jardins Vaticanos.

“O acompanho sozinho. Recitamos o Rosário juntos. Caminhamos por volta de meia hora. O Papa Bento, que sempre teve um ritmo acelerado, agora, por conselho do médico, usa o andador durante a caminhada e em casa a bengala. Os dias começam sempre com a Missa, e eu concelebro com ele a cada manhã. Durante o dia reza, lê, estuda, responde a muitas cartas e, não poucas vezes, na parte da tarde toca o piano”, expressa o Arcebispo. E acrescenta: “Não se dedica mais aos escritos teológicos ou científicos. Diz que, com os três volumes sobre Jesus de Nazaré concluiu seu trabalho teológico. Diz que não tem mais forças para escrever. Na Missa do domingo faz sempre uma homilia, sem notas escritas. Tem uma ótima memória”.

Sobre seu complexo papel, de colaborador simultâneo dos Papas, o Arcebispo alemão assinalou:

“Comecei este percurso com grande Fé, energia, mas também um pouco de temor. Agora, depois de dois anos, é mais fácil. No início era um pouco inseguro. Também porque, em um primeiro momento, alguns não tinham acolhido bem a presença do Papa emérito no Vaticano. Depois a atitude de acolhida do Papa Francisco a Bento XVI foi, e é, exemplar. Entre os dois realmente há uma relação muito cordial e respeitosa”, diz.

Sobre seu choro, quando Bento XVI partiu do Palácio Apostólico após sua renúncia, o Arcebispo disse que “depois de oito anos ali como secretário, estava vivendo um momento histórico. Em sentido contrário, o Papa Bento estava sereno. Aquela tarde do dia 28 de fevereiro, todas as emoções contidas até então se converteram em lágrimas”. (GPE/EPC)

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