Arcebispo nos EUA explica aos docentes o por quê da Igreja exigir seu testemunho cristão
São Francisco – Estados Unidos (Quinta-feira, 19-03-2015, Gaudium Press) O Arcebispo de São Francisco, Estados Unidos, Dom Salvatore Cordileone, escreveu uma carta aos docentes das instituições educativas católica no mês de fevereiro para explicar o motivo pelo qual a Igreja local introduziu um novo documento para garantir que o testemunho público de vida dos educadores seja coerente com os princípios da educação católica. O texto, que responde as críticas de alguns setores que se opõem a esta decisão, reafirma a “mais séria responsabilidade” da educação das novas gerações e a obrigação dos educadores católicos de promover “a santidade, a virtude e a evangelização”.
A missiva inicia com o reconhecimento do prelado pelo trabalho que os docentes fazem pelo conhecimento, o desenvolvimento e o crescimento dos alunos na Fé Católica, assim como “a energia, a experiência e a devoção que oferecem a este maravilhoso e muito crítico empreendimento”. O Arcebispo recordou a dupla obrigação de uma alta qualidade acadêmica e um testemunho coerente com a identidade católica. Este dever é adquirido sobretudo com os pais de família, que tem o direito de escolher uma autêntica formação cristã para seus filhos e que esperam que sua educação seja uma contribuição na vida espiritual e com a Igreja, que funda suas escolas como “instrumentos inestimáveis na proclamação da Boa Nova de uma geração à seguinte”.
Uma exposição clara da Doutrina
Na intenção de preservar estas funções e para informar de maneira mais clara aos educadores, “eu desenvolvi um documento que esclarece assuntos católicos em nossas escolas católicas”, explicou Dom Cordileone. O Arcebispo esclareceu “clara e enfaticamente” que o objetivo desta iniciativa “não é identificar para a demissão de nossas escolas a nenhum professor, singular ou coletivamente, nem introduz nada essencialmente novo no contrato ou no manual da faculdade”.
O prelado explicou que a Igreja deve atuar de acordo com a realidade atual, na qual existem muitas pessoas que tem opiniões diretamente contrárias à Doutrina Católica, e existe uma grande pressão “sobre todos para conformar-nos com uma certa agenda que se desvia, às vezes agressivamente, de nosso entendimento cristão da pessoa humana e seu propósito na criação de Deus”. Um respaldo das instituições católicas a estas tendências criaria “uma confusão tóxica sobre nossos valores fundamentais”, razão pela qual as escolas católicas “devem ser muito claras sobre o que constitui o verdadeiro ensinamento da Igreja Católica”.
Devido a crescente confusão na opinião pública sobre a doutrina da Igreja sobre moralidade sexual e disciplina religiosa, o documento elaborado por Dom Cordileone aborda estes temas. Para o Arcebispo, a claridade sobre estes temas ajuda aos estudantes que possam padecer confusão nesta matéria e inclusive beneficia aos mestres que possam estar em desacordo com a Igreja, já que lhes permite conhecer os temas nos quais não devem contradizer a doutrina “seja na escola ou em alguma forma pública fora da sala de aula”.
Promover a santidade
“Espera-se de todos os professores que contribuam para uma atmosfera de santidade, virtude e familiaridade com o Evangelho. Como poderia isto ocorrer se nem todos os docentes estão de acordo com os ensinamentos da Igreja?”, questionou o Arcebispo. “A maneira de ajudar aos professores que se distanciam ou se opõem privadamente a alguma doutrina católica é alertá-los sobre estes assuntos sensíveis”. O prelado esclareceu que os erros honestos de alguns educadores podem ser reparados nesta matéria, mas se recorda o compromisso dos educadores e empregados das escolas católicas seu dever de preservar a identidade da instituição tanto como seja possível. “A dissidência da Doutrina Católica ou da lei moral natural em uma escola católica não promove a santidade, a virtude e a evangelização”.
Dom Cordileone concluiu sua carta recordando que o documento elaborados pela Arquidiocese não é uma declaração individual que obrigue aos docentes a declarar sua crença, mas uma declaração da instituição educativa, a qual se compromete a manter sua identidade e que tentará contratar pessoas que creiam o que a Igreja ensina, mas que está aberta a “bons professores” que possam não pertencer à Igreja, realidade que de fato se apresenta atualmente. “Minha esperança é que o documento sobre Fé e moral católicas que fez parte do manual da faculdade ajude para que as escolas cumpram melhor sua missão, e também que destaque para os mestres os ensinamentos católicos verdadeiros que estão sendo desafiados por muitos na sociedade secular de hoje”. (GPE/EPC)
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