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"Jesus é fonte de salvação eterna para os que lhe obedecem", diz Bispo de Uruguaiana

Uruguaiana – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 19/03/2015, Gaudium Press) Dom Aloísio A. Dilli, Bispo da Diocese de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, fala em seu artigo que a Quaresma continua nossa preparação à Páscoa. Na reflexão, ele aborda o tema da aliança de Deus com seu povo nos terceiro, quarto e quinto domingo deste tempo quaresmal.

O Prelado explica que, no terceiro domingo da Quaresma, a leitura do Antigo Testamento apresenta o dom da lei (mandamentos), sinal da aliança de Deus com seu povo, mediante Moisés, no Sinai. Segundo ele, o texto faz parte de um contexto maior que prepara, celebra e confirma a aliança, onde Deus conduz a história de seu povo na fidelidade à promessa e eles aceitam a lei e se comprometem com a obediência a ela.

Além disso, o Bispo destaca que no Evangelho Jesus anuncia a substituição de uma instituição fundamental da antiga aliança: o templo. Conforme ele, o seu uso não corresponde mais com a autêntica experiência da aliança divina e por isso Jesus anuncia que seu corpo (morto e ressuscitado) será o templo do culto novo e autêntico, reconhecido pela fé. “Ele será o novo templo e a nova lei”, completa.

Já na segunda leitura (1Cor 1, 22-25), São Paulo anuncia Cristo crucificado, escândalo para os judeus, que procuram milagres, e loucura para os gregos, que buscam sabedoria. Dom Aloísio afirma que, para os chamados, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus.

Com relação ao quarto domingo da Quaresma, o Prelado ressalta a questão da infidelidade do povo (chefes, sacerdotes, povo) à aliança, que o leva à desgraça, ao exílio, mas Deus, em sua misericórdia, o reconduz (2Cr 36, 14-16.19-23) à terra prometida. Segundo ele, o evangelho (Jo 3, 14-21) deste domingo revela um Deus extremamente misericordioso, pois enviou seu Filho ao mundo para que o salvasse, assim como a serpente de bronze na haste salvava os hebreus no deserto.

“Deus enviou o Filho ao mundo não para condená-lo, mas para salvá-lo. Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta, creia nele e tenha a vida eterna. Esta obra da salvação não foi mérito humano, mas da graça, mediante a fé, como afirma a segunda leitura deste quarto domingo da quaresma (Ef 2, 4-10). A misericórdia de Deus restabelece a aliança”, avalia.

Por fim, Dom Aloísio fala sobre o quinto domingo da Quaresma, em que na primeira leitura (Jer 31, 31-34) o profeta Jeremias anuncia nova e definitiva aliança, não como as anteriores: “Porei a minha lei nos seus corações e a imprimirei em suas mentes. Então serei o seu Deus e eles serão o meu povo… Perdoarei a sua culpa e não lembrarei mais o seu pecado” (Jer 31, 33-34).

De acordo com o Bispo, o evangelista São João anuncia a paixão de Jesus com símbolos: templo destruído e reconstruído, serpente elevada e o grão de trigo que morre e frutifica. Ele reforça que o evangelho deste quinto domingo (Jo 12, 20-33) revela que chegou a hora de Jesus ser glorificado: se o grão de trigo não cair na terra e morrer, ficará sem fruto.

“Jesus termina dizendo que, ao ser elevado, vai atrair todos a Ele. Jesus faz um convite a segui-lo nesse doar a sua vida. A segunda leitura do dia (Hb 5, 7-9) deixa claro que Jesus é o cumprimento da promessa da aliança nova e definitiva, pois sua obediência ao Pai foi total. Por ele o pecado é destruído e assim torna-se fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem. Também para todos nós”, conclui. (FB)

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