Cristãos perseguidos sobreviveram com a graça do Batismo, afirma Papa Francisco
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 13-03-2015, Gaudium Press) Por ocasião dos 150 anos dos “Cristãos ocultos” do Japão, o Santo Padre Francisco enviou uma mensagem a estes fiéis, que após 250 anos de perseguição foram libertados de terem de uma Fé distinta à cristã.
No texto, o Pontífice exalta a importância desse evento e recorda esses cristãos perseguidos. “É exemplar a história das comunidades cristãs no Japão. Sofreram uma dura perseguição nos inícios do século XVII. Muitos foram martirizados, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis foram assassinados. Não permaneceu nenhum sacerdote no Japão, todos foram expulsos”, conta.
O Santo Padre ressalta que eles “sobreviveram com a graça de seu Batismo!”, e continua, “Isto é grande: o Povo de Deus transmite a fé, batiza os seus filhos e segue adiante. E mantiveram, em segredo, um forte espírito comunitário, porque o Batismo lhes tinha feito converter-se em um só corpo em Cristo: estavam isolados e ocultos, mas sempre foram membros do Povo de Deus, membros da Igreja”.
O Cardeal Quevedo, Arcebispo de Cotabato (Filipinas) será o enviado especial do Pontífice para o evento que ocorrerá entre os dias 14 e 17 de março em Nagasaki (Japão).
História
O episódio da perseguição no Japão pode ser considerado um dos mais terríveis nessa linha. No ano de 1597, 50 anos após a chegada dos Jesuítas ao país e antes da chegada dos franciscanos e dos dominicanos, o imperador obrigou os cristãos a se converterem em “kakure”. Mais tarde esse termo denominou os membros da Igreja que, perseguidos tiveram que refugiar-se nas catacumbas.
Nessa época muitos foram assassinados por ódio à Fé, entre eles 26 mártires em Nagasaki e 188 pessoas que perderam a vida na segunda onda de perseguições entre 1603 e 1639.
Em 1865 a comunidade cristã ressurgiu. Na ocasião o Japão reabriu as suas portas aos missionários franceses, que celebraram na Sexta-feira Santa com dez mil fiéis. (EPC)
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